O adiamento da sessão da Câmara de Vereadores de Florianópolis na quinta-feira, quando seria votada a cassação do vereador Maikon Costa (PL), levantou dúvidas sobre a existência de votos suficientes para aprovar a punição ao parlamentar – são necessários pelo menos 16 votos favoráveis.

Para mostrar o oposto, os articuladores da cassação de Maikon Costa fazem circular uma lista com os 17 nomes que estariam comprometidos a votar contra o vereador na próxima sessão da Câmara, marcada para segunda-feira. O parlamentar sobreviveu a duas tentativas de cassação na legislatura passada, a mais emblemática quando chamou a Câmara de “prostíbulo” em um programa de entrevistas.

Na época, foram apenas 13 votos pela cassação, com Maikon beneficiado pela abstenção de vereadores de esquerda e votos contrários de parlamentares que faziam oposição ao então prefeito Gean Loureiro (União Brasil).

Desta vez vez, Maikon é acusado de ter obstruído o trabalho parlamentar do suplente Mário Mattos (PL), o Sargento Mattos. A cassação do vereador mobiliza a base de apoio do prefeito Topázio Neto (PSD), mas também é um desafio de articulação do presidente da Câmara, João Cobalchini (União, prestes a migrar para o MDB), que busca votos na oposição.

Publico a lista depois de confirmar alguns nomes em off:

Supostamente favoráveis (17):

1. João Cobalchini (União Brasil)
2. Roberto Katumi (PSD)
3. Gui Pereira (Podemos)
4. Maryanne Mattos (PL)
5. Diácono Ricardo (PSD)
6. Pri Fernandes (Podemos)
7. Adrianinho (Republicanos)
8. Bericó (União Brasil)
9. Claudinei Marques (Republicanos)
10. Dalmo Meneses (União Brasil)
11. Dinho (União Brasil)
12. Gemada (Podemos)
13. Jeferson Backer (PSDB)
14. Gabrielzinho (Podemos)
15. Mamá (União Brasil)
16. João Luiz da Bega (PSC)
17. Carla Ayres (PT)

Supostamente contrários (5):

1. Cíntia Mendonça (PSOL)
2. Afrânio Boppré (PSOL)
3. Tânia Ramos (PSOL)
4. Manu Vieira (Novo)
5. Renato Geske (PSDB)

Abstenção obrigatória regimentalmente (1):

1. Maikon Costa (PL)
   

Foto – Maikon Costa discursa com o cronômetro zerado na Câmara de Florianópolis. Crédito: CMF, Divulgação.