Celesc e IFSC avançam em projeto para converter veículos a combustão em elétricos em SC

A Celesc segue acelerando seus investimentos em inovação e sustentabilidade. Um dos projetos que mais simbolizam essa nova fase da companhia é o Converte II, desenvolvido em parceria com o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), no âmbito do programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da ANEEL(PD 05697-0124/2024).

Completando um ano de execução neste mês de outubro, o Converte II avança em uma das agendas mais promissoras do setor elétrico: a mobilidade elétrica. Com um investimento total de R$ 12 milhões somando as fases I e II, a iniciativa dá continuidade a um projeto pioneiro que colocou Santa Catarina no mapa da inovação energética brasileira.

O projeto anterior, ConVerTE I(PD 05697-0219/2019), deu origem ao primeiro carro híbrido nacional, além de versões elétricas da Fiorino e da Strada — veículos utilizados em testes e ações educativas em parceria com instituições como ALESC, TJ-SC e FIESC/SENAI.
Os resultados comprovaram que a conversão de veículos a combustão para elétricos é tecnicamente viável e economicamente vantajosa, com redução de até cinco vezes no custo por quilômetro rodado e corte de cerca de uma tonelada de CO₂ a cada 15 mil km percorridos.

Avanços e resultados

O Converte II amplia esse legado, unindo ciência, sustentabilidade e formação profissional. O projeto já apresenta resultados expressivos:

•Quatro veículos convertidos: Fiorino, Strada, KWID híbrido e KWID 100% elétrico;
•Nove bancadas didáticas instaladas no laboratório de mobilidade elétrica do IFSC — o único do país com tecnologia Beifang;
•Convênios com ALESC, TJ-SC, FIESC/SENAI e o próprio IFSC, que passaram a testar e utilizar veículos elétricos;
•Participação na COP 28 (Dubai), representando o Brasil em debates globais sobre descarbonização;
•Desenvolvimento de curso de pós-graduação em Mobilidade Elétrica e formação de novas turmas técnicas;
•Publicações e apresentações em eventos nacionais e internacionais, consolidando Santa Catarina como polo de inovação sustentável.

Atualmente, o projeto encontra-se na etapa de prototipagem e validação, com novas patentes em processo de registro — evidenciando o avanço tecnológico e o protagonismo da parceria entre Celesc e IFSC no cenário nacional da inovação tecnológica na área de mobilidade elétrica.

Inovação que forma pessoas e transforma o futuro

Para o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, o Converte é mais do que um projeto de inovação — é um exemplo de como a tecnologia pode gerar impacto positivo para o meio ambiente e para as pessoas:

“Projetos como o Converte unem ciência, sustentabilidade e tecnologia aplicada. Eles mostram que é possível transformar o setor de energia com soluções que reduzem custos, emissões e, ao mesmo tempo, formam profissionais para o futuro da mobilidade elétrica”, destaca o presidente.

A gerente do Departamento de Projetos Estratégicos da Celesc, Débora Simoni Ramlow, reforça o papel transformador da iniciativa:

“O Converte II representa a visão de uma empresa pública que investe em conhecimento, forma pessoas e abre caminho para novas oportunidades econômicas e ambientais. Estamos ajudando a construir o futuro da mobilidade de forma colaborativa, com universidades, institutos e empresas catarinenses.”

Já o professor Daniel Godoy Costa, do IFSC e coordenador técnico do projeto, lembra que a parceria com a Celesc tem sido decisiva para transformar pesquisa em resultado prático: “Ver um carro elétrico nas ruas, fruto do trabalho de professores, estudantes e técnicos catarinenses, é motivo de orgulho. Essa união entre o setor elétrico e a educação pública mostra que Santa Catarina pode ser referência em inovação aplicada e sustentável.”

Perspectivas

A partir de 2026, o projeto deve receber reforço de R$ 1,5 milhão da Embrapii, o que permitirá ampliar o escopo para veículos de maior porte, como caminhões e ônibus elétricos.

Com inovação patenteável, resultados comprovados e foco na formação de capital humano, o Converte II se consolida como um dos exemplos mais bem-sucedidos de investimento público em inovação no país — gerando benefícios concretos para o meio ambiente, a economia e a sociedade.

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