
Com eleição marcada para o dia 11 de março, na semana em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), vai às urnas diante de um marco histórico: pela primeira vez, uma chapa totalmente feminina concorre à reitoria da universidade. Liderada pela atual reitora e candidata à reeleição, Luciane Ceretta, e pela atual pró-reitora Gisele Coelho Lopes, como candidata a vice-reitora, a composição reafirma a força e a capacidade das mulheres na gestão do ensino superior, tradicionalmente um espaço marcado pela predominância masculina.
A presença feminina em cargos de liderança acadêmica ainda é um desafio em diversas instituições do país. Segundo dados da Unesco, embora as mulheres sejam maioria entre os estudantes universitários e os docentes em muitos países, a ocupação de cargos de direção ainda apresenta um cenário desigual. No Brasil, apenas uma em cada quatro mulheres alcança cargos de liderança em corporações e nas instituições acadêmicas. A Unesc, ao longo dos anos, tem trilhado um caminho de transformação, consolidando-se como uma universidade que valoriza a equidade de gênero e promove oportunidades iguais para todas as pessoas.
Para Luciane Ceretta, que também tem cadeira nos conselhos Estadual e Nacional de Educação, em outra expressão importante de representatividade, a candidatura é mais um símbolo dessa luta e do protagonismo feminino em diferentes áreas da sociedade. “As mulheres podem estar onde quiserem, e a nossa presença na liderança da universidade reflete essa realidade. Nossa trajetória é feita de trabalho, competência e dedicação, e seguimos demonstrando que podemos transformar espaços e inspirar futuras gerações”, destaca.
Além do reconhecimento, a candidatura também simboliza um modelo de gestão voltado para o diálogo e a escuta ativa da comunidade acadêmica. A proposta é seguir avançando em políticas institucionais que garantam um ambiente mais inclusivo e diverso, onde todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas. E o impacto dessa conquista se estende para além da universidade, demonstrando que a ocupação de espaços de poder por mulheres é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.