Chiodini confirma disposição para ser vice de Jorginho e condiciona apoio do MDB à vaga na majoritária

O presidente estadual do MDB e secretário de Estado da Agricultura, Carlos Chiodini, afirmou que a presença do partido na chapa majoritária é condição indispensável para a manutenção da aliança com o governador Jorginho Mello (PL) nas eleições de 2026. Em entrevista ao F5 Upiara Podcast, conduzida pelos jornalistas Upiara Boschi e Marco Aurélio Braga, Chiodini colocou seu nome à disposição para a vaga de vice-governador e detalhou a estratégia emedebista para retornar ao comando do Estado em 2030.

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Ao comentar as movimentações de Jorginho Mello, que tem dialogado com siglas como o PSD e o Novo, Chiodini demonstrou tranquilidade quanto ao espaço do MDB. Ele reiterou confiar no compromisso firmado pelo governador de que o partido indicará o vice na chapa de reeleição. “Eu confio na palavra do Jorginho. Ele não fez [a promessa] para mim, fez publicamente”, declarou Chiodini, reforçando que a entrada do partido na base governista visava justamente essa composição futura.

Questionado sobre o que faria o partido caso não houvesse espaço na majoritária, Chiodini foi categórico: “O MDB vai estar na majoritária. A não ser que ele [Jorginho] e o PL não queiram; senão, o MDB vai procurar outro caminho. Isso é inevitável”.

O peso do “componente político”

Para Chiodini, a reeleição de Jorginho Mello passa pela soma do voto ideológico com a capilaridade política. O deputado federal licenciado avalia que o governador possui um voto consolidado ligado ao bolsonarismo — estimado por ele em cerca de 40% —, mas que a vitória no primeiro turno depende do “componente político” que o MDB oferece, traduzido na força dos prefeitos e na presença nos municípios. “O que vai dar uma vitória no primeiro turno é o componente político, e o governador Jorginho, que é um hábil estrategista, entende a força do MDB”, argumentou.

Nome à disposição e projeto 2030

Embora ressalte que o MDB escolherá seu representante em convenção democrática, citando outros quadros qualificados como os deputados Fernando Krellin e Antídio Lunelli, Chiodini admitiu abertamente o desejo de compor a chapa. “Eu não escondo de ninguém que eu almejo participar de uma majoritária”, disse ele, destacando sua trajetória de cinco mandatos e trânsito com a executiva nacional como credenciais,.
O dirigente partidário explicou que o “plano de voo” do MDB é claro: participar de um projeto vencedor em 2026 como vice para, em 2030, voltar a ter candidato próprio ao governo. “A eleição de 2026 é passo para voltar o 15 para a urna em 2030”, definiu.

Sobre uma hipotética chapa composta por Jorginho (Governo), Chiodini (Vice) e nomes do PL e PP ao Senado (como Carlos Bolsonaro e Esperidião Amin), o presidente do MDB a classificou como “uma chapa possível”, defendendo a união das forças de centro e direita.

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