Chiodini: “Vamos discutir a ocupação de cargos federais em SC”

O Mdb catarinense não descarta indicar nomes para cargos nos governos de Jorginho Mello em Santa Catarina e de Lula em plano federal. Segundo o deputado federal e presidente do partido em Santa Catarina Carlos Chiodini, “não é do perfil” da sigla fazer oposição indiscriminada e, portanto, “questões pontuais devem ser avaliadas”. Ele foi entrevistado nesta terça-feira no quadro Plenário, da Rádio Som Maior, quando também avaliou os atos de vandalismo em Brasília e projetou as ações do Mdb na Alesc para 2023.

Chiodini lembra que o Mdb catarinense não esteve presente no governo Bolsonaro (Partido Liberal), assim como não está, até o momento, participando do governo Lula (Pt). O fato torna possível por de lado “questões partidárias” durante articulações em prol das demandas do Estado.

– Vamos discutir hoje a participação do governo numa forma explícita, exercendo funções. Não há nenhuma função do Mdb catarinense no governo federal, tanto no anterior como no atual. Não há posição firmada ainda, mas não vamos fazer oposição a tudo e a todos. Vamos olhar acima da questão partidária o interesse de Santa Catarina.

Segundo o deputado, a urgência vem de pautas há muito requisitadas pelos diferentes setores da sociedade catarinense, assim como a busca por soluções faz parte do histórico do partido.

– Temos muitas situações que inevitavelmente somos demandados para bater na porta do governo e defender nosso interesse. Se ficarmos só criticando e não construindo pontes, faremos um mandato midiático, algo cada vez mais comum na cena política brasileira e catarinense e não é nosso perfil de fazer política, e sim de entrega, de resultados e participação próxima às bases.

Nacionalmente, o partido tem o ministério dos transportes do governo Lula, com Renan Filho. Ligados ao ministério, há cargos-chave em Santa Catarina, como o comando do Dnit estadual. Chiodini diz que as discussões para assumir espaços federais regionalizados serão abertas.

– Essa é uma das pautas que faremos a tratativa em Brasília. Esses espaços regionais serão discutidos somente após a posse dessa nova legislatura, a partir do mês que vem. Passos importantes, como o Dnit que pode interferir no andamento das grandes obras, nós vamos discutir com o núcleo político do governo para ocupar esses espaços que muitos partidos ocuparam ao longo dos anos.

Na esfera estadual, a legenda mira a presidência da Alesc e tem no nome do ex-presidente da Casa Mauro de Nadal como aglutinador de demais partidos que ajudem a firmar a candidatura.

– O Mdb tem vontade de construir uma candidatura à presidência da Assembleia. Mas sozinho não conseguirá isso. Estamos conversando com todas as frentes políticas em busca de um consenso em busca do que seria o melhor caminho para as casas legislativas, tanto no tratamento do dia-a-dia como no relacionamento com o Executivo. Acredito que na questão da Assembleia possa haver uma composição de diversas correntes políticas em busca de um entendimento.

O deputado finaliza dizendo que também não descarta participação no governo Jorginho Mello (Partido Liberal), mas que aguarda movimentações incisivas por parte do próprio governador para que as possibilidades sejam avaliadas.

– Tivemos uma conversa coletiva com o governador e eu também conversei com ele em outras oportunidades, de forma republicana. Vamos aguardar a manifestação de uma participação e se essa participação representa nosso tamanho, o tamanho de nossa bancada, a quantidade de prefeitos, a organicidade do Mdb em Santa Catarina. Mas estamos dispostos a participar, fazendo base de apoio na Alesc, mas estamos entrando agora, isso se entrarmos. Mas depende da articulação política do governador.

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