Coluna do Loetz: Adriano Silva fala sobre alianças e planos para Joinville e destaca desafios de gestão e novos investimentos

Adriano Silva: “Jorginho pode me enxergar como grande aliado em 2026”

A frase do prefeito de Joinville, Adriano Silva (NOVO), é resposta para a pergunta do colunista sobre a possibilidade do prefeito ser candidato a governador em 2026. No contexto político, (Jorginho é do PL; Adriano do NOVO), não há grande afinidade, mas o prefeito minimiza: “não tenho nenhum problema com o governador. Dez minutos antes desta entrevista falei com ele”. (A entrevista aconteceu às 16h15 na segunda-feira, dia 7 de outubro).

Adriano Silva, a grande estrela do NOVO em âmbito nacional, diz e repete o mesmo mantra, de formas variadas, por quatro vezes durante a entrevista: “meu objetivo é fazer as entregas para a cidade e isso está dentro do meu propósito”. E reafirma: “neste momento não existe projeto de disputar as eleições para governador; estou focado em Joinville”.

E segue: “Não tenho ambição pelo poder”. Para argumentar, a seguir: “entrei na política porque estava indignado com o que via em Joinville (em 2015); fazer carreira política não está nos planos e esta é uma discussão que pode durar muitas horas”. Afirma, ainda: “o trabalho que faço me satisfaz muito”.


Mudança no secretariado

A Pasta da Saúde sempre é desafiadora e, depois de ser chamada para “apagar incêndio”, há mais de um ano, a secretária de Saúde Tânia Eberhardt vai sair do governo “quando ela desejar”. A informação é do prefeito. A troca, no limite, acontecerá em janeiro, quando começará o segundo mandato do prefeito. Mas a saída dela pode acontecer antes. Tania atua no serviço público há mais de 40 anos e quer descansar.


Organizações sociais

A prefeitura vai privatizar a UPA Sul e também planeja lançar edital para uma organização social assumir a gestão do Hospital Municipal São José. A UPA será a primeira, até o final de 2025, e antes do São José. Também para o hospital, o prefeito quer montar um edital “muito bem fundamentado”.


Empresas italianas vão se instalar em Joinville

Está tudo acertado e, passada a eleição, a prefeitura confirma a instalação de duas empresas italianas do segmento de construção de máquinas. As novas e futuras áreas de expansão Sul e Sudeste já possibilitam a vinda de novos negócios para o município. “Temos tido muita procura”, diz o prefeito. Apresentar Joinville a diversos consulados tem ajudado neste processo de captação.


Temos de “mendigar” emendas

A prefeitura de Joinville tem orçamento de mais de R$ 5 bilhões em 2025. E é claramente insuficiente. Diz Adriano: “nós temos de mendigar dinheiro de emendas parlamentares; dinheiro do Estado e do governo federal é pouco. E depender de verbas de emendas significa que não dá pra projetar nem valor e nem quando virá o recurso”. Então, diante dessa situação, o prefeito Adriano irá em busca de financiamentos nacionais e internacionais. Ele lembra que o município está com apenas 17% de sua capacidade de endividamento comprometida (o percentual pode chegar a 120% da receita).

Mas, a prefeitura está com nota C no quesito de capacidade de contrair empréstimos federais, segundo critérios do Tesouro Nacional. E, por consequência, está fazendo redução de gastos para ajustar o fluxo de caixa. Equacionar este problema é missão para o próximo ano.


Dinheiro para infraestrutura

A prefeitura vai atrás de recursos para outras obras de infraestrutura. Entre elas, mais duas pontes: no Jardim Paraíso e nos Espinheiros. Os dois bairros só têm um acesso atualmente.


Empresa de Joinville capta R$ 820 milhões e prepara IPO nos Estados Unidos


A startup Asaas, líderada por Piero Contezini, captou R$ 820 milhões com a gestora de recursos Bond, em parceria com a Softbank e 23S Capital. O objetivo da empresa é se cacifar para abrir o capital em 2028 nos Estados Unidos. A Asaas projeta faturar R$ 1 bilhão em 2026. Os recursos obtidos nessa nova rodada serão destinados a aquisições e contratação de engenheiros de software, por exemplo. A Asaas tem 180 mil clientes.

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