Os juros vão subir em setembro?
A afirmação pode parecer temerária, considerando que a próxima reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) só acontecerá no dia 20 de setembro. Portanto, ainda podem surgir fatos que influenciem a favor da manutenção da Selic em 10,5%.
No entanto, o que parece mais lógico é, sim, o Banco Central elevar os juros no próximo mês.
Por quê?
Há razões importantes para isso ocorrer:
- Inflação alta: A inflação brasileira está em 4,5% ao ano, enquanto a atividade econômica e o consumo das populações continuam em expansão.
- Crescimento econômico: É muito provável que os dados da economia brasileira referentes ao segundo trimestre mostrem que o crescimento permanece forte. Crescimento forte implica aumento de preços e inflação. Nesse cenário, faz todo sentido o Copom tentar frear a onda inflacionária por meio da elevação da taxa Selic.
- Economia dos EUA: Se os números da economia dos Estados Unidos, que serão divulgados daqui a uma quinzena, indicarem expansão, será mais um elemento a condicionar a posição dos integrantes do Comitê de Política Monetária no Brasil.
- Desconfiança no futuro presidente do BC: Persiste a desconfiança do mercado financeiro em relação ao futuro presidente do Banco Central. Gabriel Galípolo deverá assumir o comando do BC a partir de janeiro de 2025. Ele é um nome muito ligado ao presidente Lula, e os agentes do mercado ainda não acreditam totalmente que ele seguirá uma cartilha técnica para decidir sobre política monetária e juros. Por isso, há movimentos de antecipação de fatos que podem influenciar o aumento dos juros ainda neste ano.
Inclusive, alguns analistas de bancos e entidades empresariais importantes veem a possibilidade de duas altas nos juros ainda em 2024, totalizando uma subida de 0,5 ponto percentual. Se isso se confirmar, os setores dependentes de crédito de longo prazo (como imóveis e bens duráveis) deverão passar por uma desaceleração pontual nos negócios.
A conferir.
Pagamento antecipado
O Senado Federal aprovou o pagamento antecipado – com desconto – do imposto de renda sobre a valorização imobiliária. Desse modo, a pessoa física poderá atualizar, na declaração do Imposto de Renda, o valor dos imóveis pelo preço de mercado.
Proposta de desburocratização vai para votação
Há uma proposta de emenda constitucional – PEC – que tramita no Congresso Nacional, que vai ao encontro da pretendida desburocratização de serviços importantes para os cidadãos.
No caso, irá para a comissão de Constituição e Justiça – e depois a plenário do Senado – PEC que permitirá que o processo de compra e venda de imóveis seja feito totalmente de forma online.
Inclusive o pagamento dos impostos e de outras obrigações, tudo por meio da ferramenta Durex.
Mas, por enquanto, os cartórios continuarão a receber as informações e a papelada, nos seus espaços físicos.