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7 de setembro de 2024

Coluna do Loetz: Empresas freiam investimentos e farmácias são impedidas de arrumar receitas

“Empresas puxaram o freio” diz diretor da Manchester Investimentos


Lucas Pereira, sócio e diretor institucional da Manchester Investimentos, sediada em Joinville e com escritórios em 15 cidades brasileiras, fala, nesta entrevista, sobre o cenário macroeconômico.

Como enxerga o ambiente econômico e o que o preocupa mais?

Lucas Pereira – Está bem claro que o cenário é de incertezas. A maior preocupação é com a questão fiscal. O governo está com prioridades populares e isso cria instabilidades.

As empresas pararam para olhar o que vai acontecer?

Pereira – Os empresários estão com o freio de mão puxado. A incerteza sempre é o pior. Um dado importante: nenhuma IPO (decisão para abertura de capital na Bolsa de Valores) foi feita neste ano. E também está caro lançar debêntures, por exemplo.
O senhor acredita num dólar a que valor em dezembro?


Pereira – O câmbio depende muito do comportamento dos juros nos Estados Unidos. E há
espaço para um corte na taxa de juros lá, até dezembro. A curva de juros futuros está precificada para o alto. Não me refiro a este ano de 2024. Olhamos com preocupação.
A guerra entre Lula e o Banco Central.


Pereira – Há apreensão para 2025. O Banco Central sofre pressões. Estamos esperando
quem vai assumir a presidência do BC em janeiro. Esperamos decisões técnicas.
As ações na Bovespa estão baratas?


Pereira – Há oportunidades na renda fixa e também em negócios com renda variável. Sim, há ações baratas na Bolsa.

O que recomenda para o investidor?


Pereira – O investidor com perfil conservador pode ficar na renda fixa, com posições de até R$ 250 mil, até o limite de R$ 1 milhão, se protegendo com o FGC. O investidor, então, pode aplicar até R$ 250 mil em quatro instituições financeiras e se preservar com o FGC.
Também pode aproveitar títulos isentos de imposto de renda. Há, no mercado, títulos que
pagam 13 por cento, 14 por cento para aplicações de pelo menos três anos.Outra possibilidade é investir em títulos atrelados ao IPCA.


E para quem é mais arrojado?


Pereira – Aplicar em ações de empresas na Bolsa de Valores e/ou abrir conta no exterior
são boas possibilidades. A Manchester Investimentos tem R$ 16 bilhões sob custódia no Brasil e também administra 200 milhões de dólares para clientes nos Estados Unidos
A Manchester tem 57 anos de atuação. Neste ano, a XP Investimentos comprou parte minoritária da Manchester. 

A empresa de Joinville vai crescer?
Pereira – Estamos contratando pessoal. Em 2025 vamos abrir dois novos escritórios. Um no
Sul e outro na região Sudeste.

Conversas no Paraguai

O joinvilense Anderson Becker (A. Becker Loteamentos) lidera grupo de empresários catarinenses que está no Paraguai para reuniões, nesta sexta feira, e no sábado, com lideranças e autoridades do país vizinho.

A viagem é organizada pelo LIDE-SC. Entre as pautas, há conversas sobre fundos e financiamentos imobiliários. Nos últimos anos, o Paraguai tem sido bastante procurado por investidores brasileiros por conta de sua legislação tributária simplificada e favorável aos negócios.

Farmácias estão proibidas de corrigir informações em receitas médicas

Decisão do Tribunal Regional Federal da 1 Região negou pretensão da Associação Brasileira de Redes de Farmácias (Abrafarma). A associação queria que as farmácias e drogarias tivessem o direito de corrigir ou complementar as informações constantes nas receitas médicas.

A alegação era de que, muitas vezes, as prescrições médicas são ilegíveis e/ou de difícil leitura e compreensão.
Principalmente, receitas apresentadas por pacientes para compra de medicamentos mediante programa do governo “Aqui tem farmácia popular”.

O relator do processo foi o desembargador Emmanuel de Medeiros. A decisão do colegiado foi unânime e se baseou na lei 5.991/73.

Os colunistas são responsáveis pelo conteúdo de suas publicações e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Upiara.

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