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7 de setembro de 2024

Coluna do Loetz: Supermercados assustam com preços e empresas debatem responsabilidade social

Pai Nosso! Cruzes!! (Ou A hora das compras nos supermercados)

Faz tempo que já incorporamos expressões de ambientes religiosos para a nossa vida comum. O cotidiano está repleto de frases e conceitos emprestados de alguma área específica. No caso, não é, certamente, por devoção.

Bem ao contrário! “Cruzes” e “Pai Nosso” expressam o enorme susto que temos, cada um de nós, ao irmos num supermercado e fazemos compras.

Pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva, do renomado pesquisador Renato Meirelles, mostra que as famílias catarinenses gastam em média, R$ 1.477,00, por mês. O valor representa 14% do orçamento doméstico, diz o levantamento.

Então, se conclui para este nível de despesas médias apenas com comida e itens de higiene e limpeza, a renda das famílias precisa ser de R$ 10.400,00.

Neste caso, há duas análises possíveis.

  1. Estamos falando de uma família de classe média alta. Ou, 2. Há pelo menos três pessoas moradoras na mesma casa e contribuindo com renda para suportar estes gastos.
  2. Afinal, a renda média do trabalhador catarinense é de R$ 3 mil por mês.

O estudo desenvolvido por Renato Meirelles também informa que estes gastos, aqui no Estado, são 26% maiores do que a média no Brasil. Este é um bom sinal. Demonstra capacidade de consumo mais forte aqui no Estado.

O Instituto Locomotiva constatou, ainda, diferenças de comportamento entre moradores nas cidades pesquisadas.

De um modo geral, em SC, os consumidores priorizam marcas locais (44% das respostas) contra apenas 9%, que preferem comprar itens de marcas globais. Outros 47% são indiferentes.

Outra informação curiosa recolhida do levantamento sugere distinção em relação ao que é considerado mais importante na hora de escolher o local de compras

Assim, os moradores de Joinville, Itajaí e Criciúma se interessam mais pela estrutura das lojas. Os consumidores de Florianópolis e de Chapecó moram, prioritariamente, no custo das mercadorias.

O lucro financeiro já não é a única baliza 

A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) reúne, nesta terça-feira, dia 23, representantes de dez grandes companhias catarinenses. 

O encontro tem por objetivo debater sugestões para colocar em prática ações voltadas a aspectos de responsabilidade social. Sim. Tornou-se moda dizer que há preocupação com questões ambientais, sociais e de governança, a atual ESG. 

O assunto passou a frequentar as rodas de conversas do mundo corporativo quando as lideranças se deram conta que o modelo de negócios excludente e unicamente baseado no lucro financeiro já não seria mais aceito pela sociedade, em todo o mundo. Há 15 anos esse assunto sequer entrava na pauta de reuniões semanais de gerentes com seus subordinados. 

As exigências do mundo agora são outras e adaptar-se foi – e continua sendo – obrigatório. Então, nesta terça-feira, representantes da Tigre, WEG, Duas Rodas, Celesc, Portobello, ENGIE, Diamante Energia, Arcelor Mittal, Krona e Portonave vão tratar dessa temática. 

Todos de olho num ponto essencial: como as ações sociais podem resultar em melhoria da reputação empresarial e ser melhor percebido pelos parceiros, clientes e fornecedores. Chegou a hora. E que as ações dos líderes se propaguem para mais empresas.

Empresa catarinense compra outra empresa catarinense

A Audaces, com sede em Florianópolis, comprou a Sizebay, de Joinville. A Audaces atua no segmento de produção de moda.

A Sizebay detém a liderança no mercado de provedores virtuais. A Audaces tem clientes em 42 países e a Sizebay tem negócios com em 59 países. A Audaces tem 20 mil clientes corporativos.

Os colunistas são responsáveis pelo conteúdo de suas publicações e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Upiara.

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