Coluna do Loetz: Tuper assina patrocínio com vôlei Joinville e Faculdade Guilherme Guimbala planeja expansão com novo proprietário

São ambiciosos os planos do novo dono da Faculdade Guilherme Guimbala

A tradicional Faculdade Guilherme Guimbala mudou de mãos. O empresário paulista Carlos Kubota é o novo proprietário. Com atuação no ramo educacional, agronegócio, finanças, e com visão estratégica alicerçada por vasta experiência profissional e de executivo global, Kubota explica o que pretende fazer para reerguer a instituição de ensino superior em Joinville.

A Faculdade Guilherme Guimbala oferece cinco cursos – Direito, Pedagogia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Psicologia. O que vai agregar a esta lista?

Carlos Kubota: Percebemos muitas oportunidades. Vamos criar o curso de Relações Internacionais. O pedido e o protocolo já foram oficializados no Ministério da Educação. Ainda pensamos em outros dois cursos, mas não podemos adiantar detalhes no momento.

Há interesse em evoluir como instituição de ensino superior para um novo patamar?

Kubota: Sim. Queremos nos tornar um Centro Universitário. Para isso, precisaremos oferecer mais cursos. Com mais três cursos, isso é possível.

Há muitas instituições cobrando algo como R$ 170,00 de mensalidade. Como vai situar o seu novo negócio perante a concorrência?

Kubota: É impossível ter um curso de Direito a R$ 120,00 de mensalidade. Não dá. Nosso foco é qualidade. Queremos implantar cursos direcionados aos interesses específicos das empresas, para formar profissionais de qualidade. Não vamos entrar na disputa pelo mercado de baixa mensalidade. Isso é predatório. Joinville tem tantas indústrias, e eu quero colaborar para formar alunos aptos a serem contratados pelas empresas locais. Hoje, muitos profissionais são recrutados em São Paulo e em outros lugares.

O colégio que era da família Guimbala e foi a origem da Faculdade e da mantenedora Associação Catarinense de Ensino (ACE) fechou há muitos anos…

Kubota: Vamos retomar o funcionamento do colégio, se possível, já em 2025. A ACE, sob meu comando, hoje é uma organização internacional. A dona da ACE é uma empresa minha no exterior.

O senhor também é dono da empresa União Educacional Cultural, com cursos de línguas, principalmente inglês. O que planeja em relação a isso?

Kubota: Uma das providências será trazer um braço da União Cultural para dentro da ACE. A União Cultural terá uma base dentro da ACE. Quero que os alunos dos cursos superiores sejam bilíngues. Não faz sentido se formar em Comércio Exterior e não saber falar inglês!

Os cursos, atualmente, são formatados como cursos anuais. Há uma demanda para mudar esse formato.

Kubota: A intenção é semestralizar os cursos. Entendo que assim haverá mais flexibilidade. Os cursos presenciais são importantes. Dificuldades poderão surgir para encontrar professores, mas os cursos internacionais serão no formato EAD.

A situação financeira da Faculdade Guilherme Guimbala é crítica?

Kubota: Não temos CND (Certidão Negativa de Débitos), e isso complica bastante. A instituição de ensino tem uma dívida de R$ 154 milhões, grande parte com tributos. Isso está sendo renegociado. Os salários e o depósito no FGTS serão pagos em dia daqui em diante.

O senhor tirou dinheiro de outros negócios seus para bancar a aquisição?

Kubota: Não. Este dinheiro é meu, pessoal. Trabalhamos como uma empresa profissional em tudo. Cada negócio tem seu próprio centro de custos. O que vai ser investido precisará dar retorno. Isso significa que, se um determinado curso não for rentável, não der lucro, será fechado.

Neste primeiro momento, o foco é garantir a continuidade das operações?

Kubota: Agora, o foco é a sobrevivência e o crescimento.

Novo patrocinador do Vôlei

Para cada temporada, novos desafios. Assim também é com a gestão do Vôlei Joinville, sob comando do ex-campeão olímpico Geovane Gávio.
Patrocinadores vem e vão.

A mais nova boa notícia vem de São Bento do Sul. A Tuper, uma das mais importantes transformadoras de aço da América Latina, assinou contrato de patrocínio com o Vôlei Joinville no dia 16 de agosto.

A Tuper já fez, em anos anteriores, investimentos em times esportivos: na equipe de futebol do JEC, na equipe de handebol de São Bento do Sul, entre outras iniciativas

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