A coluna Upiara Por Toda Santa Catarina destaca o roteiro do ex-presidente Jair Bolsonaro nas cidades de Balneário Camboriú e Criciúma e a pesquisa Quaest que consolida o favoritismo do prefeito Topázio Neto (PSD) à reeleição em Florianópolis.
Bolsonaro em Criciúma e Balneário Camboriú
O PL de Santa Catarina conseguiu transformar uma limonada em um limão com a construção do roteiro de visitas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Estado. Primeiro, Bruno e Filipe Mello anunciaram que ele viria a cinco cidades para encontros regionalizados: Joinville, Blumenau, Balneário Camboriú, São José e Criciúma. Duas semanas depois, o próprio governador Jorginho Mello disse que seriam seis cidades, sem especificar quais. Jaraguá do Sul e Tubarão entraram na lista das especulações. Faltou combinar com o capitão, que pediu um roteiro enxuto. Assim, ficaram apenas Balneário Camboriú (que Bolsonaro não abria mão, pela presença do filho Jair Renan Bolsonaro como candidato a vereador) e a encrencada Criciúma, palco de uma disputa entre PL e PSD.
A receita do limão
Mas porque a limonada virou limão? Porque em vez do PL de Santa Catarina comemorar a vinda de Bolsonaro a duas cidades do Estado na reta final da eleição, está precisando justificar a ausência nos municípios onde gerou expectativa. Na última hora, ainda tentam reencaixar uma passadinha em Itajaí, mas ficou no ar a sensação de que o laço entre Bolsonaro está mais frouxo do que se faz parecer.
Pesquisa Quaest acende alarmes nos comitês dos adversários de Topázio
A segunda rodada da pesquisa Quaest em Florianópolis, contratada pela NSC Comunicação, não trouxe grandes novidades no cenário eleitoral da capital catarinense e essa é a pior notícia para os adversários do prefeito Topázio Neto (PSD), candidato à reeleição. Mesmo com as críticas que vêm de todos os adversários, Topázio oscilou positivamente dentro da margem de erro de três pontos percentuais, enquanto Dário Berger (PSDB) oscilou um ponto para baixo e Marquito (PSOL) um ponto para cima. Segundo o Quaest, Topázio tem 43%, contra 15% de Dário e 14% de Marquito. O levantamento também frustra as candidaturas de Lela (PT) e Pedrão (PP) que não conseguiram chegar ao patamar dos segundos colocados – ambos ficaram com 6%, com o petista mantendo o percentual e Pedrão oscilando positivamente um ponto.
O que diz a pesquisa sobre Topázio e Dário
A pesquisa Quaest mostra que não surtiu efeito a artilharia pesada de Dário e Lela, os mais fortes nas críticas à gestão e ao empresário Topázio. Pior: o atual prefeito mantém tendência de crescimento e teria mais que a soma dos adversários, caracterizando a possibilidade de vitória em primeiro turno. Ao mesmo tempo, a rejeição de Dário disparou – natural para quem assume a tarefa de bater no favorito.
O que diz a pesquisa sobre Marquito e Lela
Com cerca de 10% da exposição em horário eleitoral e um terço dos recursos arrecadados em relação a Dário Berger, é quase um milagre Marquito manter o empate técnico com o tucano e não perder pontos para Lela entre eleitores de esquerda. O petista recebeu recursos equivalentes em fundo eleitoral, mas tem muito mais tempo de horário eleitoral e a declaração de voto do presidente Lula. Por milagre, leia-se a força da candidatura natural diante da candidatura construída. A esquerda tem em torno de 20% dos votos em Florianópolis e a pesquisa mostra que para crescer, Lela precisa tirar votos de Marquito.
E Pedrão?
Continuo dizendo que só teremos segundo turno em Florianópolis se Pedrão tirar votos de Topázio. O progressista mudou a abordagem na crítica à atual gestão e apresenta uma série de novas promessas. Por enquanto, o resultado não apareceu.
Tem mais
Esta semana teremos outra pesquisa em Florianópolis, desta vez do 100% Cidades. Estou curioso para saber se aponta alguma diferença.