Contra a reforma da Previdência, servidores de Florianópolis deflagram greve por tempo indeterminado

No mesmo dia em que o projeto de reforma da Previdência chegou à Câmara de Florianópolis, os servidores municipais decidiram nesta quarta-feira (12), em assembleia geral, deflagrar greve por tempo indeterminado.

De acordo com o Sintrasem, sindicato que representa a categoria, a proposta encaminhada pelo prefeito Topázio Neto (PSD) que prevê mudanças nas regras previdenciárias faz parte “do plano de destruição das nossas aposentadorias”.

A entidade sindical destaca que o projeto “aumenta o tempo de serviço, tempo de contribuição, destrói a aposentadoria especial e ainda taxa aposentados que trabalharam suas vidas inteiras pela cidade”.

O sindicato pondera ainda que “o Ipref vem sendo desmontado há anos, governo após governo, com inúmeras retiradas de recursos do fundo” e considera que, com as mudanças, a prefeitura quer que os servidores paguem a conta.

Além disso, o Sintrasem cobra a convocação dos “efetivos do concurso público no magistério e na saúde”, e a revogação da polêmica portaria 28, que trata da educação especial no município.

Depois da decisão, a prefeitura de Florianópolis se manifestou, registrando que a paralisação ocorre “antes do início das discussões do projeto” e que a iniciativa “busca garantir a aposentadoria dos servidores e tem o objetivo de recuperar a capacidade de manutenção do fundo previdenciário”.

“O sistema previdenciário está com um rombo de 8 bilhões, que se acumula desde 1999. Ninguém quis mexer antes e a bola de neve foi aumentando. Se continuar, a prefeitura não vai conseguir pagar as aposentadorias em alguns anos. O que estamos propondo é uma adequação a algo que o governo federal já fez. A discussão agora é na Câmara de vereadores e o sindicato anuncia greve, penalizando também os serviços para a população”, disse o prefeito Topázio Neto (PSD).
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Assembleia aprovou paralisação por tempo indeterminado. Foto: divulgação, Sintrasem

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