O contrato feito pela Dibea com clínica veterinária com dispensa de licitação, no valor de R$ 53.316,00 foi feito para o tratamento de apenas um gato. (Leia aqui) Conforme Filipe Vieira, diretor da entidade, o animal havia sido recolhido pela Dibea, e ao constatarem a infecção pela doença, necessitou ser levado para o isolamento na clínica.
Mas, a falta de gestão da esporotricose pelos organismos da Prefeitura de Florianópolis não para por aí. Um gatinho, com ferimento semelhante aos causados pela esporotricose foi avistado por duas garotas, ontem (25), no Santinho, no Norte da Ilha. A primeira providência de ambas foi ligar para a Dibea de Florianópolis, que pediu para que alguém ficasse com o animal, até que o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) pudesse ir até lá. O exame foi marcado para quarta-feira para realizar o exame para a doença, mas, felizmente antecipado para hoje (26). Porque a cada dia que um animal permanece na rua sem tratamento, pode infectar mais animais.

Hoje, técnicos do CCZ, foram até o local e afirmaram que a citologia, o exame para detectar a presença de esporotricose, só terá resultado em alguns dias. As garotas que recolheram o gato em péssima situação, porque ficaram com piedade do bichinho, continuam sem qualquer atendimento, e talvez precisarão recorrer a um veterinário particular na tentativa de auxiliá-lo. A Dibea, além de pedir o recolhimento do gato às meninas, não ofereceu qualquer suporte ao bem-estar, ou cuidado com a saúde dele. Há algo muito anormal nessa situação.

Questionado sobre o assunto, um servidor do CCZ, respondeu da seguinte forma: “Para este caso específico, a DIBEA foi solicitada pela SMS para recolher. Em paralelo, estamos formalizando o credenciamento conjunto entre DCZ e DIBEA para tratamento de gatos errantes, com Esporotricose. Mas o processo de credenciamento deve levar pelo menos um mês.” Há muitos problemas na falta de diálogo e demora nas respostas entre as entidades municipais. Há registros que há pelo menos quatro anos há animais com esporotricose em Florianópolis. Dibea e CCZ ainda não criaram um protocolo de atendimento para estes casos? E, o pior: 50 mil apenas para tratamento de apenas um animal? Ainda não se sabe como tratar vários nesta mesma situação? A cidade está cheia de bichos com esporotricose, não dá mais para a Prefeitura continuar fazendo de conta que não é com ela. E o gatinho recolhido pelas meninas no Costão do Santinho, como ficará? Que veterinário irá atendê-lo?