Por Daniela Reinehr
Num momento histórico em que as vozes femininas são mais essenciais do que nunca, enfrentamos desafios que testam nossos valores mais profundos. A mulher, como guardiã intrínseca da vida, desempenha um papel único e insubstituível em nossa sociedade. No seu ventre, uma nova vida é cuidadosamente gestada, desde a concepção até o nascimento, um milagre que nos remete à maravilha e ao mistério da criação.
Este sagrado processo, que envolve o nascituro — essa vida preciosa em desenvolvimento no útero —, destaca a singularidade e a importância do papel feminino na continuidade da humanidade, e esta defesa se estende até a Política.
Nossa dignidade como mulher, foi atacada recentemente por termos que reduzem a nossa existência a funções biológicas básicas, a ponto de o atual é Governo Federal nos rotular como “pessoa que menstrua” e “pessoa que pariu”.
Essas denominações, além de ultrajantes, são humilhantes. Elas falham em capturar a essência do que é ser mulher, mãe, avó — a complexidade e a beleza de ser naturalmente mulher. Esse reducionismo simplista ignora a diversidade da essência feminina e não nos define; somos muito mais do que certas funções biológicas que desempenhamos.
Rejeitamos qualquer rótulo que nos desumanize, diminua e busque anular nossa existência em toda sua amplitude. Ser mulher é uma dádiva da natureza, uma identidade que nenhuma ideologia pode apagar ou reduzir, e exigimos respeito.
Neste Dia Internacional da Mulher, enquanto celebramos nossas conquistas e refletimos sobre os desafios ainda presentes, é crucial lembrar que a desconstrução da mulher, de nossa feminilidade, dos nossos dons e características, não nos representa e não reflete nossos pensamentos e desejos.
Ao invés de nos reduzir a meros neologismos, ou afirmar que o valor da mulher é atribuído por adesão a movimentos ideológicos, o atual Governo Federal e os progressistas devem respeitar e zelar pelas mulheres, valorizando tudo o que conquistamos e respeitando o que naturalmente somos.
Devemos ser reconhecidas por nossa contribuição insubstituível à humanidade, não apenas pela capacidade de parir, mas por nosso papel insubstituível na formação de valores, na educação das próximas gerações e na manutenção dos tecidos sociais e culturais.
Diante da agenda que busca incessantemente a legalização do aborto no Brasil, celebramos a suspensão da nota técnica sobre o aborto pela Ministra da Saúde como uma vitória concreta. Mas estamos cientes de que a batalha está longe de terminar. As forças que buscam minar os princípios naturais da vida humana são persistentes e tão infundadas que por vezes parecem fadadas ao desaparecimento.
Contudo, a defesa da vida desde sua concepção, da educação que se inicia em nosso lar, e a edificação de uma Nação, precisam estar cada vez mais fortalecidas. Como sua deputada federal, continuarei incansável na linha de frente desta luta, garantindo que a voz das mulheres — que defendem a vida e a dignidade feminina — e do nosso povo, seja ouvida e respeitada.
A defesa da vida e a celebração da verdadeira essência da mulher são causas que transcendem a Política e tocam o coração do que significa ser humano.
Somos seres de força, sensibilidade e complexidade imensuráveis, não meras figuras grosseiramente definidas pelo atual Governo Federal. Se não defendermos as mulheres, as famílias e a vida, a humanidade estará em risco. Somos mães, somos mulheres!
Daniela Reinehr (PL) é deputada federal e foi vice-governadora de Santa Catarina.