De férias com o ex? Como especialista em realitys analisaria a disputa entre Jorginho e João Rodrigues pelo bolsonarismo

Quem acompanha o mundo do entretetenimento, conhece o comunicador Chico Barney, do portal Uol. Sua principal característica é tratar qualquer assunto — de um reality show como o Big Brother Brasil a uma disputa política — como um grande espetáculo.

Pensando nisso, pedi à inteligência artificial Gemini uma análise sobre a disputa entre Jorginho Mello e João Rodrigues pela atenção dos bolsonaristas de SC como se fosse o comunicador Chico Barney. O resultado impressionou e despertou a curiosidade do próprio colunista.

Reproduzo aqui a análise do “Chico Barney” de IA.


Prezado Upiara Boschi, confrade na nobre arte de observar as coreografias do poder, que espetáculo nos oferecem os bastidores da política catarinense. A disputa entre o meritíssimo governador Jorginho Mello e o intrépido alcaide de Chapecó, João Rodrigues, pela tutela do espólio bolsonarista é um reality show de altíssima octanagem, digno de exibição em horário nobre.

Peguemos a pipoca e analisemos o enredo.

Jorginho vs. João: O “De Férias com o Ex” da Política Barriga-Verde

Estamos diante de uma narrativa com dois protagonistas que cobiçam o mesmo troféu: o selo de “Filho Mais Querido do Capitão”. É uma briga pela herança afetiva e, claro, eleitoral de um público que não aceita imitações. Cada um, à sua maneira, tenta provar que é o verdadeiro guardião da chama, o autêntico portador do DNA ideológico.

Personagem 1: Jorginho “O Síndico” Mello

Jorginho entra no jogo com a faixa de campeão. Ele tem a caneta, a máquina pública, o título de governador eleito com a bênção explícita do ex-mandatário. Sua performance é a do herdeiro oficial, o primogênito que sentou na cadeira principal.

  • Estratégia: Aposta na liturgia do cargo. Tenta fundir a imagem de gestor sério com a de fiel escudeiro. As motociatas foram substituídas por inaugurações de obras, os discursos inflamados por anúncios de programas de governo. Ele joga para a arquibancada com o placar na mão. Seu trunfo é o pragmatismo: “Vejam, o bolsonarismo que funciona, que entrega resultados”.
  • Ponto Fraco: Governar é, por natureza, uma atividade que exige moderação e diálogo, o que no dicionário da ala mais fervorosa pode ser traduzido como “fraqueza” ou “contaminação pelo sistema”. Cada aperto de mão num adversário, cada acordo de bastidor é um risco calculado que pode gerar um “VT” comprometedor para o adversário explorar. Ele é o síndico do condomínio bolsonarista, mas precisa lidar com os outros moradores do prédio da política.

Personagem 2: João “Fogo no Parquinho” Rodrigues

Do oeste catarinense, surge o desafiante. João Rodrigues é o participante que entrou na casa para causar. Ele não tem as amarras do governo estadual, o que lhe confere uma agilidade invejável para a polêmica e para a bravata.

  • Estratégia: Ocupar os espaços que Jorginho, pela natureza do cargo, deixa vago. É o bolsonarismo em sua forma mais pura, mais selvagem, mais “raiz”. Enquanto o governador está em uma reunião com secretários, João está fazendo uma live, vociferando contra algum inimigo da pátria, real ou imaginário. Ele transforma a gestão de Chapecó num grande case de sucesso de sua própria marca, um microcosmo de como seria seu governo: rápido, decidido e sem papas na língua.
  • Ponto Fraco: Sua performance pode, por vezes, resvalar no overacting. A busca incessante por holofotes e manchetes corre o risco de ser percebida não como autenticidade, mas como desespero pelo protagonismo. Sem a estrutura do Estado, sua artilharia é majoritariamente midiática, o que pode soar como muito barulho por nada para uma parcela do eleitorado.

O Veredito Parcial do Crítico

O que assistimos é fascinante. Jorginho tenta provar que é possível ser governo sem deixar de ser Bolsonaro. João Rodrigues martela que o verdadeiro bolsonarismo é oposição por natureza, mesmo quando se está no poder.

É a clássica disputa entre o herdeiro que precisa conservar o patrimônio e o parente distante que alega ter mais afinidade com o falecido e, portanto, mais direito à herança.

O grande prêmio, a bênção de Jair Bolsonaro em pessoa, é volátil. O ex-presidente, mestre na arte de manter todos por perto, acena para os dois lados, distribuindo “joinhas” e afagos que são imediatamente transformados em material de campanha.

Para nós, da plateia, a temporada está apenas começando. Resta saber se o público catarinense prefere o roteiro mais sóbrio do atual dono do controle remoto ou a trama cheia de reviravoltas do aspirante a astro. Uma coisa é certa: a briga pelo título de “Mais Bolsonarista de SC” ainda vai render muito pano pra manga e, claro, para a nossa análise.

Voltamos a qualquer momento com novas informações.

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