A defesa do ex-secretário municipal Ed Pereira se manifestou sobre o relatório final da Operação Presságio, que o indiciou por corrupção passiva, associação criminosa e fraude a licitação. Em nota, o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho afirma que o documento “materializa um rosário de ilegalidades que serão impugnadas judicialmente” e que as conclusões da Polícia Civil partem de “premissas falsas e de interpretações equivocadas”.

O inquérito da Polícia Civil aponta Edmilson Pereira como o principal articulador de um suposto esquema para direcionar a contratação emergencial da empresa Amazon Fort para a coleta de lixo em Florianópolis. Um dos indícios citados pelos investigadores foi a aquisição de um veículo por R$ 77,9 mil pago integralmente em espécie, dias após um saque de R$ 130 mil feito por pessoas ligadas à empresa. A polícia suspeita que o valor seria parte de propina destinada a Ed Pereira.
Rebatendo diretamente este ponto, a defesa argumenta que “o referido carro, supostamente adquirido com pagamento à vista em dinheiro, teve como origem de recursos a venda de outro automóvel, realizada na mesma data e igualmente quitada em espécie”. A defesa classifica a interpretação da polícia como uma que “tripudia sobre a justiça, repele o raciocínio isento e despreza o bom senso”, e reafirma que contestará as conclusões na esfera judicial.