A nova rodada de pesquisas da Quaest sobre a avaliação e popularidade do governo Lula (PT) mostra que o cenário continua delicado para a gestão do petista. Embora dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, o levantamento mostra o aumento da desaprovação da gestão em relação a março, passando de 56% para 57%. A aprovação caiu de 41% para 40%.
A pesquisa mostra os efeitos do escândalo do INSS, com a investigação da Polícia Federal sobre descontos não autorizados de mensalidades associativas nos salários de aposentados e pensionistas. De acordo com o Quaest, 82% dos entrevistados tomaram conhecimento das denúncias e 31% consideram o governo Lula o principal responsável, contra apenas 8% que responsabilizam a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Quando observado um corte regional, é possível observar que o aumento da desaprovação no Sudeste acabou contrabalançando melhoria no cenário de aprovação de Lula nos Estados do Nordeste e do Sul. O Nordeste é a única região em que a maioria aprova o governo petista: 54% a 44%. Em relação à pesquisa de março, a avaliação de Lula na região subiu dois pontos percentuais, no limite da margem de erro – a desaprovação também oscilou dois pontos para baixo.
Na região Sul, o governo Lula conseguiu crescer sua aprovação fora da margem de erro: passou de 34% para 37% . A desaprovação ao governo caiu dois pontos, de 62% para 62%. Com isso, a região perdeu para o Sudeste o posto de região com maior desaprovação ao governo Lula. Na região mais populosa do país, a gestão é reprovada por 64% dos entrevistados (eram 60% em março). A aprovação caiu cinco pontos, de 37% para 32%.
