Pedido de vista adia decisão sobre prisão de Clésio Salvaro

Um pedido de vista do desembargador Zoldan da Veiga suspendeu o julgamento de Clésio Salvaro (PSD), prefeito de Criciúma, e de outros nove presos na segunda fase da operação Caronte. A relatora do caso, desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer, havia votado pela manutenção das prisões. O julgamento, que analisaria a ratificação da decisão monocrática de Schaefer, ocorria em sessão virtual da 5ª Câmara Criminal, mas foi interrompido com o pedido de vista.

A expectativa, segundo o jornalista Anderson Silva, é que o julgamento seja retomado no dia 12 de setembro, quando a 5ª Câmara deve deliberar não só sobre a prisão de Salvaro e dos envolvidos na segunda fase da operação, mas também sobre os sete presos na primeira fase, deflagrada em agosto.

A decisão de revisar monocraticamente as prisões, embora seja comum no Judiciário, não foi adotada em todos os casos de outras operações, como a Mensageiro, dependendo da escolha do relator de submeter ou não as decisões ao colegiado.

Enquanto isso, há pedidos de revogação de prisão preventiva que seguem sob análise do Ministério Público. Esses pedidos serão pautados assim que o processo retornar do órgão ministerial. Além disso, o processo já conta com a apresentação de denúncia, aguardando a defesa prévia dos investigados para que o colegiado possa avaliar o possível recebimento da denúncia e seguir com os trâmites do caso.

Qual o motivo da prisão de Clésio Salvaro?

A prisão de Clésio Salvaro, prefeito de Criciúma, foi resultado de uma investigação que faz parte da Operação Caronte, deflagrada em agosto de 2023. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ele e outros envolvidos foram acusados de participação em crimes como organização criminosa, fraudes em licitações e contratos públicos, corrupção, e crimes contra a ordem econômica. O prefeito nega as acusações, mas foi preso preventivamente enquanto os detalhes do caso seguem sob análise da Justiça.

“Eu tenho certeza da minha inocência. Jamais, em momento algum e o processo vai ficar livre. Não há dolo, não há intenção, não há vantagens, não há absolutamente nada, nada, nada que possa me incriminar”, disse Clésio em um vídeo divulgado após sua prisão.

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