Prefeitura de Joinville e Junta Comercial do Estado de Santa Catarina apresentam números reveladores do crescimento de novas empresas. Vamos a eles. A Jucesc contabiliza 63.416 novos negócios no Estado todo no segundo trimestre deste ano. 

Em igual período do ano passado surgiram, formalmente, 56.343 empreendimentos. A alta foi de 12,5 por cento. Relevante? Com certeza. Então, vejamos os números do anuário “Joinville em Dados 2024”. Com informações anuais até 2023, vemos um crescimento muito maior. O levantamento mostra que há 101.630 negócios em atividade na mais populosa cidade catarinense. Significa dizer que há uma empresa aberta para cada seis pessoas em Joinville. 

A lembrar que a população total de Joinville (incluindo crianças e adolescentes) é de 616 mil habitantes.E isso inclui crianças e idosos. Temos, na cidade, 35.819 estabelecimentos prestadores de serviços. Outros 34.668 são microempreendedores individuais (MEIs). No comércio funcionam 19.577 negócios, pouco mais do dobro do quantitativo de profissionais liberais e autônomos (9.148). 

A lista se fecha com 2418 indústrias. Não por acaso, só aumenta o número de MEIs. Só no ano passado surgiram 7.479 em Joinville. Há várias razões possíveis para esta explosão. A primeira é o desencanto dos trabalhadores com os baixos salários e, por isso, buscam alternativa de se tornarem patrões. 

Outra possibilidade é imaginar que com negócio próprio, a riqueza virá certamente. E, de preferência, de forma rápida. A terceira possibilidade é a migração de profissionais habilitados, com vontade de evoluir na cidade, já que Joinville se destaca no cenário nacional como um dos lugares mais promissores para fazer negócios. 

Ou uma combinação destes fatores todos. Ainda números: em 2014 foram abertas 4.554 empresas na cidade. 

Quatro anos depois, surgiram 6.053. E de 2021 em diante, no pós-pandemia, verificamos o crescimento exponencial: mais 9.270; depois 9.768 novos empreendimentos e, finalmente, no ano passado foram criadas 14.145 novas empresas! Um salto de 44 por cento de um ano para outro. Não há dúvida: a onda empreendedora está registrada. 

O que falta saber é: quantos destes empreendimentos ficarão de pé no médio prazo. Porque os desafios de quem sai da posição de trabalhador insatisfeito para a de líder de si mesmo, e de outros, são gigantes.