O anuário “Joinville em Dados 2024” fornece informações importantes para compreendermos a realidade local. Números e estatísticas sobre temas diversos ajudam a esclarecer de que forma a cidade evolui. 

Um dos indicadores sociais mais significativos – porque vinculado a fatores como qualidade de vida e saúde pública – é o índice de coleta e tratamento de esgoto. Não é por acaso, que investidores analisam tanto indicadores econômico-financeiros, como potencial de negócios, mas igualmente olham com atenção dada a elementos de natureza ambiental.

Assim, um dos ingredientes que compõem a análise de uma cidade para receber investimentos, também é o nível de cobertura de coleta e tratamento de esgoto. Em Joinville, num corte temporal (de 2013 a 2023), a cobertura de esgoto subiu mais de cem por cento. 

O que isso nos diz? Que estamos bem na fita? Na comparação com outros municípios, apenas talvez. Uma análise crítica menos superficial informa que, lamentavelmente, não. Os números a serem apresentados a seguir, indicam que os avanços foram muito importantes, mas é necessário muito mais. 

Em 2013, Joinville tinha ridículos 20,4 por cento da população com esgoto coletado e tratado. Dez anos depois, em 2023, o percentual chegou a 45,5 por cento. Um aumento bastante substancial, sem dúvida. Mas, evidentemente, continuamos muito aquém do desejado para as necessidades.

Neste período, a Companhia Águas de Joinville investiu R$ 882 milhões. O maior valor foi aplicado no ano passado: R$ 209 milhões. Em 2019 foram R$ 107 milhões. Claro que a programação de desembolso obedece a um planejamento de longo prazo e que vai se diluindo ao longo do tempo. 

Claro, também, que enterrar tubos custa caro e não dá retorno político algum. Não importa. Há muito por fazer. Como sabemos, saneamento é básico.