Ex-ministro de Temer, Vinicius Lummertz propõe fusão entre MDB e PSDB

Figura com trânsito nos dois partidos, o ex-ministro do Turismo Vinicius Lummertz (MDB) propôs, em artigo, a fusão entre o MDB e o PSDB. A nova sigla, apelidada por ele de “MDSB”, seria a forma de retomar um caminho de reformas e estabilidade econômica que, segundo ele, foi interrompido no país.

Foto: Diogo Machado, Summit Cidades, Divulgação.

Lummertz, que foi ministro no governo de Michel Temer (MDB) e secretário de Articulação Internacional no governo de Luiz Henrique da Silveira (PMDB) em Santa Catarina, fundamenta sua proposta no que define como os resultados objetivos entregues pelas duas legendas desde a redemocratização.

– Se a política brasileira fosse julgada por resultados, e não por paixões, o debate seria outro – afirma no texto.

Para o autor, os dois partidos, “entre erros e acertos”, foram os que apresentaram os feitos mais concretos para o Brasil. Ele argumenta que a gestão do PSDB, sob a presidência de Fernando Henrique Cardoso, foi responsável pelo Plano Real, que “domou a hiperinflação”, e por reformas estruturais como a Lei de Responsabilidade Fiscal, as privatizações estratégicas e a consolidação de marcos regulatórios.

Na sequência, Lummertz defende o legado do governo de Michel Temer, do qual fez parte. Ele destaca que, em um período de dois anos e meio, a gestão emedebista entregou um país com juros a 6,5% ao ano, inflação controlada e aprovou reformas como a Trabalhista, o Teto de Gastos, a do Ensino Médio e a da Previdência Social. Tais medidas, segundo ele, criaram um “ambiente viável para aumentar a produtividade”.

A justificativa para a união partidária agora, de acordo com Lummertz, é o cenário atual, que ele classifica como “o oposto” do que foi construído pelas duas siglas. O ex-ministro aponta a existência de “reformas interrompidas, instabilidade e perda de rumo”.

Ex-ministro de Michel Temer, Vinicius Lummertz acompanhou o ex-presidente no Summit Cidades 2025. Foto: Summit Cidades, Divulgação.

Diante desse diagnóstico, ele conclui que o reconhecimento do legado de MDB e PSDB é o primeiro passo para “reencontrar a direção”. A consequência natural desse processo, em sua visão, é a união dos partidos.

– Para voltar a crescer de forma sustentada, é preciso retomar aquele caminho. […] Por isso, os dois partidos devem ser um só: MDSB”, finaliza.

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