FECAM analisa dados que mostram duas cidades catarinenses entre as 10 mais eficientes do Brasil

A FECAM, por meio do seu núcleo de dados, interpretou os dados divulgados pelo jornal Folha de São Paulo, que mostram dois municípios catarinenses entre os 10 mais eficientes do Brasil.

De acordo com a pesquisa, Tubarão aparece em 5º lugar nas cidades mais eficientes do Brasil, e Florianópolis, em 9º.

Dentre todos os estados no ranking, que comporta os 50 municípios mais eficientes, Santa Catarina aparece em segundo lugar no acumulado de municípios eficientes, perdendo apenas para São Paulo. São Paulo tem 190% mais municípios que Santa Catarina, com 645 municípios, enquanto Santa Catarina possui 295.

As oito cidades catarinenses destacadas no ranking:

A cidade de Tubarão recebeu uma classificação de “Eficiente” no índice de eficiência REM-F, com uma nota de 0,723, garantindo o 5º lugar no ranking.

Na educação, Tubarão se destacou com uma nota de 0,668, garantindo que 100% das crianças de 4 e 5 anos estão na escola e 73,24% das crianças de 0 a 3 anos frequentam creches.

Na saúde, a cidade atingiu a nota de 0,505, com 100% de cobertura domiciliar por atenção básica e 4,95 médicos por 1.000 habitantes.

No saneamento, a nota foi 0,642, com 93% dos domicílios atendidos por água, 41% com esgoto e 100% com coleta de lixo. A receita per capita de Tubarão em 2022 foi de R$ 3.861, refletindo a capacidade de investimento da cidade nas áreas essenciais.

Florianópolis foi classificada como a 9ª cidade mais eficiente no ranking REM-F de 2024, com uma nota de 0,685. Em educação, a capital catarinense obteve uma nota de 0,668, com 100% das crianças de 4 e 5 anos na escola e 61,3% das crianças de 0 a 3 anos em creches. Na saúde, a cidade registrou uma cobertura básica de 82% dos domicílios e uma média de 6,61 médicos por 1.000 habitantes, alcançando nota 0,505. No saneamento, Florianópolis obteve 0,642, com 97% de cobertura de água, 52% de esgoto e 100% de coleta de lixo.

A receita per capita da cidade foi de R$ 5.175, refletindo a capacidade de investimento em serviços essenciais. Com uma população de 537.211 habitantes, Florianópolis demonstrou boa gestão dos recursos públicos, garantindo uma posição de destaque entre as cidades mais eficientes do país.

Ibirama, localizada em Santa Catarina, alcançou a 13ª posição no ranking de eficiência do REM-F 2024, com uma nota de 0,676. Na educação, a cidade obteve 0,668, com 100% das crianças de 4 e 5 anos na escola e 71,26% das crianças de 0 a 3 anos em creches. Em saúde, a nota foi 0,505, com 100% de cobertura básica e 3,94 médicos por 1.000 habitantes. No saneamento, Ibirama obteve 0,642, com 91% de atendimento de água, 14% de cobertura de esgoto e 99% de coleta de lixo. A receita per capita foi de R$ 4.615 em 2022.

Blumenau ficou em 22º lugar, com nota de 0,662. Em seguida vem a cidade de Criciúma na 37ª posição, com nota 0,575. Depois vem a cidade de Braço do Norte, na 6ª posição em Santa Catarina e 40ª no Brasil, com nota 0,576. A seguir, Lages, na 41ª posição no Brasil, com nota 0,665, e Itajaí na 44ª posição, com nota 0,728.

Como funciona o ranking:

Segundo o Jornal Folha de São Paulo, o Ranking de Eficiência dos Municípios – Folha quantifica o cumprimento das funções básicas do município, previstas em lei, de acordo com os recursos disponíveis.

“A lógica para o filtro das variáveis leva em conta a confiabilidade das fontes, o potencial de rastreabilidade (disponibilidade dos dados para os mais de 5.000 municípios), a possibilidade de comparação e a facilidade de compreensão dos resultados”, escreve o jornal.

O jornal explica ainda que, após consultas com USP, FGV e Insper, além de pesquisas e testes, foram selecionadas, segundo essas diretrizes, oito variáveis subdivididas em quatro categorias — educação, saúde, saneamento e finanças. Em todas elas, considerou-se a taxa de cobertura de políticas claramente vinculadas às atribuições municipais.

Para chegar ao ranking das cidades eficientes, o processo é o seguinte:

Avaliação em Três Áreas: As cidades são avaliadas em três áreas principais:

Educação: Considera o percentual de crianças de 4 e 5 anos matriculadas no ensino fundamental e de 0 a 3 anos que frequentam creches.
Saneamento: Verifica o percentual de domicílios com acesso à rede de fornecimento de água, esgoto e coleta de lixo.

Saúde: Avalia a cobertura por equipes de atenção básica e o número de médicos por habitante.

Receita Per Capita: A receita per capita do município (quanto dinheiro ele tem disponível por habitante) é coletada para entender os recursos disponíveis para investimento nessas áreas.

Padronização dos Dados: Os dados de cada área são padronizados, ou seja, colocados em uma mesma escala, para que possam ser comparados entre si. Isso é feito usando o mesmo método que a ONU usa para calcular o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Atribuição de Pesos: Como educação e saúde são áreas prioritárias e têm despesas obrigatórias para os municípios, elas recebem um peso maior no cálculo, ou seja, têm mais importância na nota final.

Cálculo de Eficiência: O índice de eficiência é calculado dividindo-se a média ponderada (levando em conta os pesos) dos escores em educação, saúde e saneamento pelo escore de receita per capita do município. Esse índice varia de 0 a 1, onde quanto mais próximo de 1, mais eficiente é o município.

Classificação

Com base nesse índice, as cidades são classificadas em quatro grupos:

Eficientes;
Com Alguma Eficiência;
Pouca Eficiência;
Ineficientes.

Assim, o ranking final mostra quais cidades são mais eficientes em usar seus recursos para alcançar metas básicas de educação, saúde e saneamento.

O ranking completo está disponível neste link: https://www1.folha.uol.com.br/remf/

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