A Fecomércio SC manifestou preocupação com a iminente possibilidade de federalização da autoridade portuária de Itajaí e pediu uma solução urgente para evitar a interrupção das atividades no porto. Em nota, a entidade destacou que o convênio atual, que delega à União a responsabilidade pela gestão do terminal, vence em 31 de dezembro de 2024 e precisa ser prorrogado, ainda que por um período mais curto, para garantir a continuidade das operações.
A Fecomércio SC alertou para os riscos de uma nova paralisação das atividades portuárias, que causaria danos irreparáveis à economia local. A última interrupção, que durou mais de 18 meses entre o final de 2022 e o meio de 2023, resultou em uma série de perdas para a cidade. A inadimplência de consumidores em Itajaí, por exemplo, aumentou de 31% para 34% ao longo de 2023, refletindo os impactos negativos da paralisação.
Segundo a Fecomércio SC, a federalização imediata da autoridade portuária traria percalços burocráticos e dificultaria ainda mais a atração de navios e contêineres para o porto, agravando a situação. Por isso, a entidade sugere que o convênio com o município seja prorrogado até o final de 2025, prazo que também marca o término do contrato de operação com a empresa JBS, que pode ser renovado por mais dois anos, até 2027. Esse período, segundo a Fecomércio SC, permitiria que fossem discutidas soluções de longo prazo para o futuro do porto, como a possível privatização do terminal.
Outro ponto destacado pela Fecomércio SC é a proximidade da temporada de cruzeiros, que poderia ser diretamente afetada pela falta de renovação do convênio. Para evitar mais prejuízos, a entidade encaminhará ofícios aos principais responsáveis pelo tema, incluindo a bancada federal catarinense, com o objetivo de buscar um consenso que garanta a estabilidade das operações portuárias e a proteção dos interesses econômicos de Itajaí e de Santa Catarina.