A prefeitura de Florianópolis anunciou, neste sábado (20), a adoção de um novo modelo de internação involuntária para pessoas em situação de rua, com a compra de vagas em clínicas particulares de todo o país. O objetivo é ampliar a capacidade de atendimento, garantindo um tratamento de, no mínimo, 90 dias.
“Antes, ficávamos limitados a clínicas de nossa região e, muitas vezes, essas pessoas não conseguem fazer o tratamento completo para se livrar do vício. Agora, queremos ganhar escala. Estamos indo até aonde a lei nos permite”, falou o prefeito Topázio Neto (PSD) em vídeo compartilhado nas redes sociais.
Ele falou sobre uma mulher que foi abandonada pela família com11 anos e hoje, aos 23, estava vivendo nas ruas com problemas psicológicos por conta do vício. Abordada diversas vezes, não aceitava acolhimento. De acordo com relato do prefeito, ela foi encaminhada a uma clínica na noite de sexta-feira (19).
“Vamos resgatar outras pessoas nos próximos dias, para tirar de circulação. Porque temos mais vagas disponíveis”, disse Topázio.
A prefeitura informou que em 2025 emitiu passagens para mais de 400 pessoas em situação de rua retornarem às suas cidades de origem, após contato com a assistência social dos municípios.
“Todos os dias temos equipes nas ruas para identificar quem precisa de ajuda e quer mudar de vida, quem é bandido, e vai pra prisão e quem precisa ser internado”, afirmou Topázio, sobre o trabalho de abordagem.