No último dia 5, o PSDB nacional aprovou de forma quase unânime no diretório nacional, apenas dois votos contrários, a incorporação do Podemos. A decisão foi comemorada pelo presidente nacional Marconi Perillo, pelo deputado federal Aécio Neves e outros tucanos que foram à Brasília para o evento – a maior parte dos votos foi colhida de forma remota.
Desde então, o “incorporável” Podemos não se manifestou oficialmente e nem mesmo a presidente nacional Renata Abreu. Pelas conversas de bastidor, a tendência é de que mais uma vez o PSDB acabe fracassando nas tentativas de acoplar ou acoplar-se a outra legenda para escapar da cláusula de barreira nas eleições do ano que vem e voltar a ter algum protagonismo na política nacional.
As razões são as mesmas que inviabilizaram as conversas abertas com PSD, MDB e Republicanos: os tucanos querem manter ao máximo sua identidade – sigla, número, mascote. No caso do Podemos, o instrumento aprovado pelo diretório nacional também é visto com desconfiança. Em vez de fusão, foi aprovada a incorporação do Podemos ao PSDB, com perda da autonomia para o incorporado.
Os tucanos alegam que a incorporação foi o instrumento necessário porque o partido realizou uma federação com o Cidadania em 2022 e a legislação partidária obriga as legendas a continuarem juntas por quatro anos – o que impediria a fusão.
