A gatinha Elizabeth morreu na noite de ontem (6) para a tristeza de seu tutor, Leonardo Campos. Desde o dia 28 de julho, ela estava internada na Clínica Rancho dos Bichos, nos Ingleses, depois de ter tido uma parada cardiorrespiratória ao receber o pré-anestésico durante o mutirão de castração, realizado pela Dibea (Diretoria do Bem-Estar Animal) de Florianópolis, no Rio Vermelho.
A veterinária, que estava acompanhando o plantão na clínica, enviou mensagem para Leonardo por volta de 23 horas informando que Elizabeth havia tido nova convulsão, foi medicada, mas teve mais uma parada cardiorrespiratória. Conforme o relato, a gata de Leonardo foi colocada no oxigênio e foi medicada para o novo quadro, mas não resistiu.
Os veterinários da clínica haviam solicitado a avaliação de um neurologista, que fez seu laudo na segunda-feira, dia 4. “Esclareci também que o prognóstico é ruim, sobretudo pela pouca ou nenhuma resposta nesses 7 dias de pós lesão. Tornei de conhecimento para todos que o tempo médio de recuperação ao menos parcial para situações semelhantes podem levar dias, semanas ou até meses, mas o que define o mau prognóstico é a estabilidade sem nenhuma melhora detetável. (…) recomendei alguns ajustes do manejo terapêutico e de enfermagem para tentar garantir máxima condição da paciente se recuperar”, afirmou o neurologista veterinário Eduardo Xavier em seu parecer.
A morte de Elizabeth reabre a necessidade que as castrações sejam absolutamente seguras. É preciso que haja um levantamento, feito pela Prefeitura, contratante do mutirão, do que ocorreu para causar tantos danos, pois mortes e adoecimentos em procedimentos de esterilização já não são mais corriqueiros. Então que seja feita apuração minuciosa. Pois, repito, os tutores foram em busca de saúde e de segurança para seus animais na tentativa ainda de evitar mais animais pelas ruas. O procedimento de castração não pode vitimar animais e tutores.
