A deputada federal Geovânia de Sá liderou nesta quarta-feira (3) uma reunião de mais de três horas no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para debater a grave crise que afeta diferentes cadeias produtivas do agronegócio catarinense, com presença do Secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos Júnior.
O encontro contou com a participação de secretários, parlamentares, cooperativas, prefeitos e representantes de produtores, reunidos para buscar encaminhamentos para os setores do arroz, leite, maçã e banana.
A reunião foi marcada por forte presença institucional, incluindo o secretário de Estado da Agricultura, Carlos Chiodini, parlamentares da bancada catarinense prefeitos e lideranças de diversas regiões.
O setor arrozeiro expôs a gravidade da situação econômica e a falta de medidas concretas de apoio. Segundo Geovânia, o Ministério apresentou alguns programas, mas não trouxe alternativas robustas para enfrentar a crise de mercado, que tem pressionado os produtores e colocado em risco a continuidade da atividade em várias regiões do estado.
Para o setor leiteiro, o governo sugeriu caminhos de diversificação da produção, citando o exemplo de Minas Gerais, que tem ampliado sua atuação na cadeia de queijos e derivados. Embora as sugestões tenham sido registradas, produtores destacaram que as dificuldades atuais exigem ações imediatas e de maior impacto.
O segmento da maçã levou ao Ministério a preocupação com o atraso no pagamento do subsídio do seguro agrícola, prejudicando mais de 2 mil produtores da serra catarinense. Foram apresentadas alternativas técnicas e projetos de lei que podem ampliar a proteção ao produtor.
A deputada também solicitou que o governo inclua na Medida Provisória de proteção, também o setor da banana, especialmente diante da preocupação com a importação de fruto do Equador. Segundo técnicos do Ministério, o risco de concorrência desleal seria reduzido devido ao alto custo do produto importado, mas o setor cobrou garantias.
Ao encerrar o encontro, Geovânia de Sá destacou a importância de ouvir cada cadeia produtiva e dar respostas rápidas: “O produtor rural tem pressa. Cada setor tem uma realidade diferente e todos estão sofrendo. Nosso papel é garantir que o governo federal trate essas demandas com seriedade e celeridade.”
