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8 de setembro de 2024

Gilson Marques explica pedido de vista sobre prisão de Brazão: “Ele continua preso”

Gilson Marques pediu vista na Comissão de Constituição e Justiça, que analisa prisão de Chiquinho Brazão

Na tarde desta terça-feira, o deputado federal Gilson Marques (Novo) pediu vista para análise do pedido de prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil), preso por suspeita de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

O pedido ocorreu durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. O relator do caso na CCJ também é catarinense – deputado federal Darci de Matos (PSD). Em seu parecer, o pessedista defendeu a manutenção da prisão preventiva do parlamentar.

A autoridade policial e o Supremo afirmam que, até os dias atuais, é possível aferir a movimentação de Domingos, Chiquinho e Rivaldo no sentido de criar obstáculos à regular tramitação da elucidação dos fatos que circundam o homicídio de Marielle e Anderson, de modo a sinalizar, de forma cristalina, a perenidade de suas condutas – apontou Darci de Matos.

Após a leitura do relatório, Gilson Marques foi o primeiro a pedir vista. Segundo ele, era a melhor alternativa para garantir a continuidade da prisão de Brazão pelo adiamento da decisão.

O deputado já está preso! Risco maior seria votar algo de urgência, sem ler o processo e o plenário acabar relaxando a prisão amanhã. Temos que ter pressa para colocar bandido solto na cadeia, e não soltar os que já estão presos – justifica o parlamentar catarinense.

Em entrevista coletiva, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), avalizou a lógica de Gilson Marques.

Não há nenhum prejuízo para o processo, investigação ou qualquer tipo de coisa porque todo o tempo que transcorrer é em desfavor do réu parlamentar que continuará preso até que o plenário se posicione – disse Arthur Lira.

Segundo Gilson Marques, a solicitação também se deve ao curto espaço de tempo em que o processo foi disponibilizado para os parlamentares.

Um processo dessa importância não pode ser julgado sem uma análise. Mais uma vez existe irresponsabilidade quanto a disponibilidade do material para nós legisladores. São mais de 500 páginas – disse o catarinense.

Em seguida, outros deputados se uniram ao pedido de vistas. O adiamento se dará pelo prazo de duas sessões do plenário. A votação deve ocorrer em abril. Brazão permanece preso até a votação na Câmara ou nova decisão do Supremo Tribunal Federal.


Foto – Gilson Marques na Comissão de Constituição e Justiça. Crédito: Bruno Spada, Câmara dos Deputados.
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