Goetten critica tarifa de Trump e cobra união do Brasil: “Não é hora de tirar proveito político”

A tarifa imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros começa a valer nesta sexta-feira, 1º de agosto, e quem já começa a pagar a conta é o catarinense. Uma empresa de Ipumirim, no Oeste do Estado, anunciou férias coletivas antes mesmo da medida entrar em vigor — sinal claro de que os efeitos do chamado “tarifaço de Trump” vão muito além do previsto e atingem diretamente a geração de empregos em Santa Catarina, um dos estados mais exportadores do país.

O deputado federal Jorge Goetten (Republicanos/SC), vice-presidente da Comissão das Micro e Pequenas Empresas na Câmara dos Deputados, criticou duramente a postura do governo norte-americano e cobrou união do Brasil para solucionar a crise.

“Agora não tem partido. O nosso partido é o Brasil. Nosso partido é a economia brasileira, os empregos brasileiros, as indústrias brasileiras. Não podemos, neste momento, pensar em eleição, em tirar proveito político. Temos que nos unir. O nosso adversário agora não é outro político, não é outro partido — o nosso adversário são os Estados Unidos e essa injustiça imposta ao nosso país. Se nem numa hora como essa a gente conseguir encontrar um motivo para se unir, então quando é que vamos? O que nos divide fica para o ano que vem, nas urnas. Agora é hora de encontrar o que nos une: defender o Brasil”, concluiu.

Reação ao tarifaço

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), cerca de 10 mil empresas brasileiras podem ter sua competitividade afetada pela medida. Em Santa Catarina, setores como alimentos, transporte, indústria e comércio exterior devem ser seriamente prejudicados. Estimativas da Associação Intersindical Patronal de Itajaí apontam que até 10 mil empregos podem estar em risco apenas no estado.

Goetten reforçou que a questão não é ideológica, mas de defesa dos interesses nacionais diante de um ataque comercial injusto e oportunista.

“Essa tarifa é uma chantagem disfarçada de política comercial, e quem paga a conta são os trabalhadores brasileiros O Brasil tem que se posicionar com firmeza. Negociar, sim. Ceder à pressão, jamais. Precisamos de uma reação à altura, sem medo, sem submissão. Não podemos aceitar que um presidente dos Estados Unidos tente usar tarifas para chantagear o Brasil”, disse o parlamentar.

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