Governo do Estado reabre a Casa da Literatura Catarinense após reforma completa

Conhecida por abrigar eventos literários, a Casa da Literatura Catarinense foi reaberta ao público nesta segunda-feira, 15, pelo governador Jorginho Mello e pela presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Maria Teresinha Debatin. O espaço, administrado pela FCC, está localizado no Centro de Florianópolis, no entorno da Praça XV de Novembro.

Guilherme Bento/Secom

A Casa da Literatura passou por uma obra de restauro completa, na parte interna e externa. O investimento foi de aproximadamente R$ 240 mil. O local reabre ao público com a missão de promover lançamentos de livros, contação de histórias, oficinas de escrita de contos e crônicas, saraus, rodas de conversa, além de disponibilizar espaço para encontros de Academias de Letras, e outros eventos que promovam a literatura catarinense em suas diversas formas.

“Aqui é mais um palco para os artistas, para os escritores de Santa Catarina. Aqui será um lugar onde poderá haver lançamento de livros, encontros literários, troca de experiências, que volta a respirar o melhor da nossa literatura. Agora eles vão ter a casa da cultura, a casa da leitura, a casa dos contos, a casa dos lançamentos. Então a gente reformou, melhorou, estruturou para ter mais um local para prestigiar a nossa cultura, que é muito rica”, resumiu o governador Jorginho Mello.

“Essa casa estava fechada há mais de dois anos e precisava dessa reforma, ela foi restaurada para ficar como o seu projeto original, ela que já foi palco de tantas coisas. E eu preciso sempre salientar o olhar que o governador Jorginho Mello tem para a cultura como um todo. A literatura sempre ficou muito esquecida dentro da cultura. Então se olhava para a música, se olhava para o teatro, mas a literatura sempre um pouco apagada, ficando limitada à biblioteca pública. E hoje esse espaço coloca de novo esperança e sorriso nos lábios de quem escreve”, comemora a presidente da FCC, Maria Teresinha Debatin.

Sobre a edificação

A iconografia mais antiga da área de entorno da Praça XV de Novembro, da década de 1830, na qual está visível o casarão mostra que, inicialmente, sua ocupação se dava em dupla função: era comércio no piso térreo e moradia no piso superior. Na década de 1850, a construção foi adquirida pela Companhia de Polícia (hoje Polícia Militar), tendo mantido uma dupla função ao abrigar duas repartições públicas: um quartel no térreo e a Assembleia Provincial no piso superior. A partir da década de 1870, o prédio passou por inúmeras obras que, aos poucos, alteraram sua fachada, indo do luso-brasileiro até chegar ao padrão atual por volta de 1956.

Além da Companhia de Polícia, o prédio recebeu outras estruturas militares, como a primeira Polícia Civil (1905) chamada, naquela época, de Prefeitura de Polícia. Na metade do século XX, em 1956, deixou de sediar atividades militares e passou a ser sede do Tribunal de Contas do Estado. Alguns anos mais tarde (1976), abrigou temporariamente a Procuradoria Geral do Estado e, por último, dos anos 1990 até 2012, foi ocupado pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam).

Na metade dos anos 1980, foi tombado como patrimônio municipal de Florianópolis. Passou a ser administrado pela Fundação Catarinense de Cultura em 2017. Entre 2019 e o início de 2022, abrigou a Galeria do Artesanato Catarinense, devido às obras de restauro da Casa da Alfândega.

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