O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa (Alesc), Júlio Garcia (PSD), confirmou sua pré-candidatura a deputado federal e delineou suas principais propostas para o Congresso Nacional em entrevista ao programa Resenha Litoral, da Rádio Litoral. O programa, veiculado na manhã de sábado, foi comandado por José Tancredo e teve diversas participações – inclusive do comentarista Upiara Boschi, editor-chefe do Portal Upiara, que enviou uma pergunta gravada.
O questionamento de Upiara foi sobre como ele enxerga sua participação em Brasília, caso eleito deputado federal, depois de quatro décadas de atuação no âmbito estadual – como deputado estadual, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e quatro vezes presidente da Alesc.
– Eu quero fazer parte de um grupo de políticos e deputados federais que representem os seus Estados, mas com um olhar muito voltado pro Brasil como um todo – disse o parlamentar.
Júlio Garcia destacou a necessidade de rever a Constituição Federal, que ele considera inadequada para a realidade atual do país e sugeriu a eleição de membros para uma constituinte exclusiva – não composta pelos deputados do dia a dia – para elaborar uma “constituição enxuta e adequada” ao momento vivido.
O pessedista também questionou a concentração de recursos na União, em detrimento de Estados e municípios, defendendo a revisão do pacto federativo.
– Por exemplo, uma coisa que eu não me conformo é o governo federal comprar ônibus e ambulâncias para distribuir pelo Brasil. Será que os municípios não compram melhor. Quanto município que recebe uma ambulância do governo federal e que não está precisando de ambulância, que talvez esteja precisando fazer cirurgias, atender as pessoas – argumentou.
Júlio Garcia aponta candidaturas do PSD à Alesc na Amurel e na Amrec
Na entrevista, o pessedista apontou que sua candidatura a deputado federal em 2026 vai abrir espaço para o partido lançar nomes para a disputa pela Assembleia Legislativa nas regiões da Amurel e da Amrec. Na primeira, o nome está definido: Beto Kuerten, ex-prefeito de Braço do Norte. O outro nome virá de Criciúma.
– O candidato preferencial é o Arleu da Silveira em função da eleição municipal que ele declinou em favor do candidato Vaguinho que venceu a eleição. A preferência é dele, mas isso ainda vai ser definido pelo partido a nível local – disse Júlio Garcia.
Pessedista evita criticar Carlos Bolsonaro, mas exalta dupla Amin/Carol de Toni
Questionado por Tancredo sobre a percepção de que a pré-candidatura de João Rodrigues (PSD) ao governo do Estado demonstrava um ritmo de “avança e recua”, Júlio Garcia justificou que tal impressão é gerada pela necessidade de o prefeito de Chapecó conciliar o trabalho à frente do Executivo municipal com os compromissos de pré-campanha.
Júlio Garcia explicou que, ao ter de “prefeitar”, Rodrigues não dispõe de tempo integral para percorrer Santa Catarina, resultando na flutuação da visibilidade de sua campanha. Ele ressaltou que, apesar do ritmo adaptado, a disposição de Rodrigues é disputar a eleição, embora isso dependa das “condições”
O pessedista também foi questionado sobre a composição da chapas ao Senado com a chegada do ex-vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) para concorrer ao Senado em Santa Catarina. Júlio Garcia não falou sobre o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preferindo endossar os nomes do senador Esperidião Amin (PP) e da deputada federal Caroline de Toni (PL) – que cogita trocar o PL pelo Novo para garantir a candidatura a senadora.
– Eleger Esperidião Amin e Caroline de Toni seria uma vitória para Santa Catarina, não para um partido ou outro – avaliou o pessedista, após elogios à atuação de ambos no Congresso Nacional.






