Lela: “Lula me pediu para ganhar a eleição em Florianópolis”

Lela entrega camiseta manezinha a Lula

Pré-candidato a prefeito de Florianópolis pelo PT conseguiu esta semana um rápido encontro com o presidente Lula (PT) e garantiu uma foto em que ele segura uma camiseta “I love tainha”. O ex-vereador conseguiu o presente com o músico Muriel, da banda Dazaranha, dando um toque manezinho ao encontro que reuniu diversos pré-candidatos pelo país durante o lançamento de 100 novos Institutos Federais, três deles em Santa Catarina.

Na entrevista, Lela fala sobre o encontro com Lula, sobre as possibilidades de composição com outros partidos de esquerda e o embate com o PSOL, do deputado estadual e também pré-candidato Marquito. Lela deixou claro que com o trocadilho “Lula lá e Lela aqui” pretende buscar o eleitorado de Florianópolis que votou 13 nas eleições presidenciais – 42,4% no primeiro turno, 46,6% no segundo.

Leia a entrevista:

Como foi o encontro com o presidente Lula e qual a sua expectativa sobre a presença dele e a participação dele na campanha de Florianópolis?

O encontro com o presidente Lula foi incrível. Ele tem uma energia e estava muito eufórico, feliz com o dia histórico de entregar os primeiros 100 institutos federais por todo o país, dentro de mil que ele quer entregar até o final do governo. Ele estava num dia realmente especial, emocionado e já veio com uma missão. Já chegando e falando: “Lela, preciso que a gente ganhe capital catarinense, nós precisamos ganhar Florianópolis”. Ele sabe que a capital é a caixa de ressonância para todo o Estado de Santa Catarina. O resultado da última eleição mostrou isso, com quase 47% de votos que o Lula teve aqui (no segundo turno).

Qual a avaliação dele sobre a eleição de Florianópolis?

Na avaliação dele, uma terra fértil para a gente vencer o bolsonarismo em Santa Catarina e mostrar para os catarinenses de que o governo federal está fazendo aquilo que a gente precisa para o nosso Estado, diferente do último governo de Jair Bolsonaro que realmente não fez, não botou um centavo, não botou um real no nosso Estado. Abandonou literalmente, só veio para cá para passar férias. Então ele estava muito eufórico e com a possibilidade de que Santa Catarina possa dar um recado a exemplo do que deu na última eleição colocando o PT no segundo turno com o Décio Lima. Ele ainda até frisou isso e falou para mim: “Lela, vamos para cima. O que precisar, nós vamos estar aqui junto, nós vamos para lá, a nacional vai querer estar junto”

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) participou da conversa?

O Alckmin falou que vai articular o que ele puder também para poder ajudar que Santa Catarina é estratégico do ponto de vista da economia. Também que vai estudar algumas coisas que possam realmente estar implicando no estado e repercutindo através da nossa capital para poder auxiliar, até mesmo no ajuste que a gente está fazendo no plano de governo que a gente já tem trabalhado.

Mas você falou com Alckmin sobre a situação do PSB aqui em Florianópolis que tem um pré-acerto com a candidatura do Marquito?

Não cheguei a falar diretamente com ele sobre isso, até porque o meu foco foi mais em relação ao presidente Lula, mas obviamente respeitando o Alckmin e o posicionamento dele dentro do partido do PSB. Eu preferi institucionalizar essa conversa, deixar para que o PT municipal, assim como o estadual, através da política nacional, possam estar dialogando, como estão dialogando acerca de vários municípios do país inteiro e dando prioridade nessa conversa de PT e PSB nas capitais. Isso já é uma conversa da direção nacional.

Qual a importância estratégica para o PT de Florianópolis de uma candidatura do 13 nestas eleições?

Florianópolis como capital catarinense, em que ainda se vislumbra aí uma possível força do bolsonarismo, Florianópolis é terra fértil no ponto de vista do campo progressista. N última eleição ela deu 47% de votos para o Lula e ajudou a colocar o Décio Lima no segundo turno (24,3%). De 2008 para cá, o PT que acabou fazendo gestos e ajudando outros partidos. A candidatura a prefeito é muito importante para que a gente possa consolidar esse percentual de votos que foi dado para o presidente Lula e reforçar o que está sendo feito pelo Governo Federal aqui para Florianópolis e ser uma caixa de ressonância. Ter ter o 13 na urna agora também é importante pra poder buscar o crescimento partidário, não só em Florianópolis, mas como a região metropolitana, ampliando as cadeiras no parlamento.

Existe outra candidatura no campo da esquerda que é a do deputado estadual Marquito, do PSOL, que foi seu colega na Câmara de Vereadores. Existe possibilidade de composição ainda?

É claro que a gente tem a possibilidade de uma composição. Em 2020 cada partido lançou o seu pré-candidato a prefeito, na época fui lançado pelo PDT. Tomei a decisão de abrir mão de uma candidatura a prefeito para ajudar o campo progressista na montagem da frente ampla. Naquela eleição, juntando todos os partidos, diminuímos a votação. O resultado das urnas demonstraram isso. Agora, permanece o diálogo. A gente quer manter essa unidade. É legítimo que o PSOL, através do deputado Marquito, se coloque à disposição. Ele nem tinha sentado na cadeira da Assembleia Legislativa como deputado e já estava falando que era candidato a prefeito. Isso obviamente já faz com que ele saia na frente, mas é legítimo que o PT também tenha a sua estratégia

Não teme que a divisão da esquerda possa comprometer a possibilidade de que sua candidatura ou a de Marquito irem ao segundo turno?

Eu não temo a divisão da esquerda. O projeto que chegar no segundo turno será apoiado pelo outro candidato. Não vejo problema nenhum. Nas últimas seis eleições, em cinco a esquerda não esteve completamente juntas e fez muito mais votos do que a última que a gente teve todos os partidos. São várias hipóteses, mas é óbvio, muito óbvio, que a gente quer manter a frente, a gente sabe que unido a gente é mais forte. Tem cada um nesse momento ainda, cada partido a sua estratégia e eu acredito que não enfraquece. Eu acho que os partidos crescem quando apresentam as suas táticas eleitorais, suas estratégias e pra mim é uma honra imensa estar à frente do PT em Florianópolis representando o governo Lula. Eu tenho o melhor cabo eleitoral deste país.



Foto – Lela com Lula e a camiseta manezinha. Ele aposta na parte lulista da Capital para viabilizar candidatura a prefeito. Crédito: Divulgação.

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