Lideranças de SC reagem à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, provocou intensa repercussão no cenário político nacional, especialmente entre parlamentares e lideranças de partidos de direita em Santa Catarina.

A medida foi motivada, segundo o despacho do ministro, pelo descumprimento de medidas cautelares anteriormente impostas ao ex-presidente, incluindo restrições de comunicação e o uso de redes sociais. A decisão gerou protestos e manifestações contrárias por parte de aliados políticos de Bolsonaro, que a classificam como desproporcional e motivada por questões políticas.

Reações no Congresso
A deputada federal Carol De Toni (PL), líder da Minoria na Câmara, publicou uma nota oficial em que critica a decisão de Moraes, classificando-a como uma “prisão infundada” e “incompatível com o Estado Democrático de Direito”. Ela argumenta que Bolsonaro “jamais foi condenado por corrupção” e que medidas como a tornozeleira eletrônica e a proibição de comunicação pública não têm, segundo ela, respaldo constitucional. “Não aceitaremos passivamente essa escalada autoritária. A direita do Congresso Nacional certamente reagirá à altura para conter os abusos e defender a democracia brasileira”, afirmou.

O senador Esperidião Amin (PP) também se posicionou, descrevendo a situação como uma “jornada de vingança”. “Essa mancha não será apagada. Será uma mancha permanente em favor do Estado Democrático de Direito que todos nós desejamos”, declarou.

PL critica decisão e pede impeachment
Em nota oficial, o Partido Liberal (PL), partido de Bolsonaro, afirmou que a medida ocorre no mesmo dia em que foram divulgadas novas informações envolvendo o ministro Moraes, referindo-se à chamada “Vaza Toga”. O partido aponta supostos excessos do Judiciário e acusa o STF de relativizar garantias fundamentais. “Não aceitaremos mais esse estado de exceção. Conclamamos todos os senadores da República a honrarem seus mandatos. Impeachment já!”, diz trecho da nota.

A deputada federal Julia Zanatta (PL) publicou um vídeo nas redes sociais criticando o momento da decisão, que, segundo ela, coincidiu com manifestações populares e com a divulgação de supostas irregularidades no gabinete de Moraes. “Nosso presidente Bolsonaro é apenas um símbolo no meio do caminho, entre o sistema e a nossa liberdade”, disse.

O deputado estadual Jessé Lopes (PL) também se manifestou: “O maior líder político da história do país foi preso por usar rede social! Que justiça é essa que solta corruptos e prende usuários de rede social?”, questionou.

Já o deputado federal Pezenti (MDB), também usou as redes sociais para fez críticas diretas ao ministro: “Moraes fez isso para mostrar quem manda. É um tirano, um ditador”, declarou.

Até o momento, o governador Jorginho Mello (PL), não se pronunciou oficialmente sobre a decisão.

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