
Neste sábado (26) ocorrerá manifestação contra a exportação de animais vivos em Florianópolis. Os ativistas irão se reunir, preferencialmente de preto, a partir das 10 horas da manhã, em frente ao TICEN, no Centro. Em 2024, empresas brasileiras exportaram cerca de um milhão de bois vivos para vários destinos, principalmente para a Turquia, Israel e alguns países árabes. A atividade não tem qualquer regulamentação no País e são abundantes as denúncias de maus tratos aos animais exportados. Desde choques elétricos e até mortes provocadas pela falta de estrutura das embarcações, conhecidas como “navios sucatas” são constantemente registradas. Na tarde de ontem, houve denúncia de um boi caído dentro de caminhão boiadeiro que chegava no Porto de São Sebastião (SP) para ser exportado Veja aqui.
Há vários Projetos de Lei no Congresso que pretendem barrar a atividade no Brasil, um deles de autoria da deputada federal de Santa Catarina Ana Paula Lima (PT). O projeto, de número 2788, de 2025, pede a proibição de exportação de animais vivos para abate e para reprodução no exterior. É preciso que lembremos que a maior parte da exportação de “gado em pé”, como também é conhecido o negócio, pelo fato de os animais, após alguns dias de viagem não conseguirem deitar, devido ao excesso de animais na embarcação e pela lama formada por suas fezes e urina, é feita pelo Porto de Barcarena, em Vila do Conde, no Pará. Em geral, os animais embarcados neste local foram criados em áreas devastadas da Amazônia. Mas a atividade também ocorre nos portos do Rio Grande (RS), no Porto de Imbituba (SC) e em São Sebastião (SP). Veja aqui o vídeo da deputada Ana Paula Falando sobre o assunto:
AMEAÇA AMBIENTAL GRAVÍSSIMA

O documentário “Exportação Vergonha”, lançado em julho de 2023, pela ONG Mercy For Animals (MFA), narrado em português, pela ativista Luísa Mell e disponível no YouTube, documenta o sofrimento dos animais neste tipo de transporte. Por três a quatro semanas, milhares de bois ficam confinados nos navios, submersos em urina e fezes. Acredita-se que mais de 10% deles não resiste à viagem, e seus corpos acabam sendo lançados ao mar. Em mais um crime ambiental gravíssimo. Falta o que mais para a “Exportação Vergonha” chegar ao fim, e finalmente estes animais serem acolhidos pelo Poder Público e Pela Justiça Brasileira?