Uma discussão sobre a autorização do Governo Federal para a importação de arroz dividiu opiniões e gerou debate entre os deputados Marquito (PSOL) e Zé Milton Scheffer (PP). O tema veio a debate com a apresentação da Moção apresentada por Zé Milton dirigida ao presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), João Edgar Preto, pedindo a reavaliação da necessidade da importação de arroz.
Para o parlamentar, a importação “desenfreada” de arroz ocasionará prejuízos para a economia e para os produtores locais, especialmente no Rio Grande do Sul.
O Rio Grande do Sul já havia colhido praticamente 85% da safra. A entrada indiscriminada de arroz importado pode desvalorizar o produto nacional e agravar a crise que os agricultores enfrentam – alertou Scheffer.
Por outro lado, o deputado Marquito argumentou em favor de uma política de regulação de preços e formação de estoques para evitar desequilíbrios no mercado.
É fundamental garantir que os preços não subam exorbitantemente e que os produtores locais não escondam estoques para manipular o mercado. Devemos priorizar a estabilidade interna antes de buscar soluções externas – defendeu Marquito.
Apoiando a posição de Zé Milton, o deputado Sargento Lima também voltou o discurso à proteção dos agricultores locais.
A importação de arroz a preços desproporcionais ameaça não apenas os produtores, mas também a segurança alimentar do país. Devemos proteger nossos agricultores e garantir a preferência pelo produto nacional – declarou Lima.
Massoco se jutou ao coro, questionando a legitimidade da importação do arroz.
É um absurdo sugerir que os agricultores gaúchos estejam escondendo a produção. Essa medida é uma afronta aos produtores locais e à soberania alimentar do país – disse o deputado.
Quero agradecer ao presidente pela oportunidade de esclarecer a situação e enfatizar a necessidade de preservar nossos agricultores e a produção nacional. É essencial reconsiderar essa importação de arroz, assim como abordar a questão da entrada de mercadorias sem imposto que estão prejudicando a indústria nacional e os empregos no Brasil – finalizou Zé Milton.