A Promotora do Meio Ambiente, da Comarca de Lages, Dra. Tatiana Borges Agostini, irá oferecer denúncia contra o Posto Peruzzo por maus-tratos aos animais. Após relatório, solicitado à Polícia Ambiental, a promotora optou por oferecer a denúncia à Justiça.
Em 22 de julho foi exibido vídeo, nas redes sociais, de cachorros de rua sendo colocados dentro de um caminhão, no pátio do posto de combustível, no Centro de Lages. As cenas viralizaram e muitos começaram a perguntar onde estariam os animais. Eram seis os cachorros que circulavam pelo local e eram cuidados pela comunidade, incluindo por alguns funcionários do comércio. Integrantes do Voluntariado Animal de Rua descobriram que poucos dias antes, um deles havia morrido atropelado.
Dois deles foram encontrados por um Fiscal do Meio-Ambiente da Prefeitura, em uma estrada abandonada, e outros dois localizados no Posto de Combustível. Mas um deles continua desaparecido. As pessoas seguem perguntando onde estará o quinto cachorro. Nas páginas do Posto e do grupo de voluntários, muitos protestam pelo tratamento dispensado aos animais. O Posto Peruzzo, em um vídeo tentou esclarecer a ação controversa.
A nota diz: “(…) Inicialmente informa que a medida de retirada dos animais do local se deu em uma condição extrema, em virtude dos mesmos estarem avançando em clientes de forma descontrolada. Também esclarece que antes de ter efetuado a medida extrema (…) foi efetuado contato com órgãos municipais que cuidam dos animais de rua, porém sem sucesso”.
Para justificar a ação, foi postado um vídeo, curto e acelerado, que mostra dois dos animais indo atrás das pessoas com os rabos balançando. Eles chegam a dar rápida corrida, mas em algum momento mostram agressividade, que dê a entender que irão avançar em alguém, e isto fica claro porque ninguém demonstra temor, ou tenta desviar dos animais.
Nem no vídeo, no qual são içados pelo pescoço com uma corda, para entrarem no caminhão, os cachorros demonstram reação. O grupo de voluntários, que denunciou a situação fez Boletim Ocorrência e a denúncia ao Ministério Público de Santa Catarina.