O mural em homenagem ao poeta Cruz e Sousa vai retornar ao cenário urbano do centro de Florianópois por iniciativa do Street Art Tour e patrocínio da AXIA Energia. Pintado em 2019 pelo artista Rodrido Rizo, o painel precisou ser removido para a realização de manutenções na estrutura do edifício João Moritz, na praça XV – onde rapidamente virou atração turística.
Com 700 m² e renomeado “Cruz e Sousa – poesia que liberta, liberdade que transcende”, a obra ganhará um novo endereço: a face lateral do Edifício Berenhauser, voltada ao jardim do Museu Histórico de Santa Catarina. O prazo para conclusão das atividades é de 30 dias.
“Para a AXIA Energia, apoiar a repintura do mural em homenagem a Cruz e Sousa é muito mais do que trazer de volta esse painel icônico ao centro histórico de Florianópolis. É reafirmar nosso compromisso com a cultura e com a preservação da identidade que impulsiona o desenvolvimento da nossa região”, afirma Cleicio Poleto Martins, presidente da empresa na região Sul. A companhia possui 81 usinas, sendo 47 hídricas, 33 eólicas e uma solar.
Rizo vai trazer novos elementos simbólicos que reforçam ainda mais a história e a grandeza de João da Cruz e Sousa – um dos maiores poetas brasileiros, personalidade ilustre nascida em Florianópolis, cuja vida e obra constituem um legado inestimável para a cultura nacional.
“Refazer este mural é um retorno a um ponto essencial da memória da cidade e, ao mesmo tempo, projetá-lo novamente ao futuro. Homenagear Cruz e Sousa em Florianópolis não é apenas revisitar sua imagem, é reencontrar sua voz, sua coragem e sua poética que seguem pulsando nas ruas, nos corpos e nas feridas do nosso tempo. Nesta nova leitura, procurei expandir e ressignificar símbolos da trajetória do poeta: a leveza da caneta pena como instrumento para romper grilhões, os papéis em voo como a libertação de uma escrita que não pôde ser contida, a locomotiva como força de movimento e ruptura, os cavalos como impulso vital e espiritual, a lua e as nuvens como espaço de sonho e travessia”, explica Rodrigo Rizo.
“Cada elemento foi pensado como uma ponte entre a história e a imaginação, entre o que Cruz e Sousa viveu e o que ele inspira até hoje. Voltar a este mural é reafirmar que a arte pública é memória viva, e que a cidade continua dialogando com seus habitantes quando abrimos espaço para novas leituras, novos símbolos e novas vozes”, complementa o artista.