O vai e vem de narrativas e ataques entre os irmãos Bolsonaro e a deputada estadual Ana Campagnolo (PL), tendo como epicentro a figura da deputada federal Carol de Toni (PL), pode até representar uma crise no PL catarinense, mas na briga “deles conta elas” quem tende a sair ganhando é Santa Catarina.

A voz de Campagnolo, repudiando, não Carlos Bolsonaro, mas sim a imposição de uma candidatura de fora para o Senado, impõe limites ao poder de um sobrenome sobre o estado.
Embora seja um dos territórios mais bolsonaristas do Brasil, Campagnolo fez questão de lembrar que “amar Bolsonaro” não é aceitar tudo o que vem dele. Como em qualquer partido, o PL tem nomes estaduais preparados para disputar a eleição. As deputadas Julia Zanatta e Carol de Toni inclusive já protagonizaram uma pré-disputa pela vaga antes de Carlos Bolsonaro surgir por aqui.
Nesta terça-feira, 4, mais um capítulo da novela que não acrescenta nada à política estadual foi protagonizado por Eduardo Bolsonaro na sua rede social X.
O deputado lembrou do compromisso político de Ana Campagnolo com a família Bolsonaro, que deveria reconhecer e respeitar a liderança de quem teria projetado sua carreira. Ana pode ser tido projetada pelo sobrenome Bolsonaro, mas é inegável que sua permanência política em Santa Catarina é fruto dos alicerces que construiu após sua chegada no parlamento estadual.
Como bem disseram os colegas Upiara Boschi e Maga Stopassoli no podcast F5 Upiara, nesta semana, se a deputada perder metade dos votos da sua eleição, ela ainda pode vir a ser a parlamentar mais votada em 2026 na Alesc.
Enquanto alguns falam em crise dentro do PL catarinense, é importante observar que o partido tem a oportunidade de ter uma identidade própria e fortalecida em defesa de Santa Catarina, sem deixar de “amar” seu líder maior. Uma missão quase impossível para o governador Jorginho Mello (PL).
O “toma lá, dá cá” entre os irmãos Bolsonaro e Ana Campagnolo também ajuda a levar para fora da bolha política a discussão sobre se um vereador do Rio de Janeiro pode fincar uma candidatura para o Senado no lugar de nomes da política catarinense. A resposta caberá a você eleitor.






