
Nesta semana, a deputada federal Marussa Boldrin (MDB-GO) divulgou uma carta aberta em suas redes sociais denunciando supostas agressões físicas e psicológicas que teria sofrido do marido, o advogado Sinomar Junior.
Ao expor as violências, Marussa narra as angústias de um relacionamento abusivo e classifica a denúncia pública como um ato de coragem. É difícil ficar imune ao ler o relato, principalmente para quem já sofreu algum tipo de violência doméstica. A resistência, o medo, a vergonha de falar sobre o tema são sentimentos compartilhados entre as vítimas.
A deputada também afirma que fez denúncia em delegacia e registrou boletim de ocorrência, além de solicitar medida protetiva. “Não cabe amor onde existe violência”, afirma.
“O homem que havia jurado cuidar de mim se afastou, emocional e fisicamente, e as agressões psicológicas começaram”, disse ela ao falar que seu silêncio ao longo dos anos foi por medo, vergonha e por acreditar que tudo poderia mudar.
O ex-marido da deputada é o advogado Sinomar Júnior, que foi superintendente na Secretaria de Esportes de Goiás. O caso é investigado pela Delegacia de Polícia de Rio Verde.
Câmara se manifesta
A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados emitiu uma nota de solidariedade à deputada Marussa Boldrin (MDB-GO), após a exposição da denúncia.
A nota foi lida em Plenário pela coordenadora da secretaria, deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
Benedita afirmou que Boldrin, com “coragem e dignidade”, denunciou a violência doméstica que sofria. “Esse ato de bravura, ao romper o silêncio e expor as agressões, é um gesto de resistência e força que evidencia a importância de enfrentar a cultura de violência contra a mulher”, disse.
Segundo Benedita da Silva, o relato de Marussa Boldrin revela como é difícil romper o ciclo de violência e dar voz às dores. “Sua fala ecoa como um chamado para que nenhuma mulher se cale diante de qualquer tipo de agressão”, declarou.
Com informações: Agência Câmara de Notícias