Assim que a festa de réveillon terminar e os fogos silenciarem, muita gente começará a colocar o bloco na rua de olho nas eleições de 2026. Alguns pré-candidatos, aliás, já aproveitaram 2025 para os primeiros movimentos: filiações partidárias, construção de bases regionais e planejamento de ações.

Nos bastidores, os partidos trabalham com listas bem definidas — quem tem reais chances de eleição e quem entra na disputa apenas para “ajudar a legenda”.
PL: baixas confirmadas e fila de pré-candidatos
Maior bancada da Assembleia Legislativa, o PL deve ter ao menos três deputados fora da disputa. Maurício Eskudlark não concorrerá por problemas de saúde, enquanto Carlos Humberto e Berlanda devem migrar para o PSD, alegando divergências com o comando partidário.
Por outro lado, os nomes começam a surgir. Edilson Massocco, que renunciou ao mandato de deputado em 2024 para disputar a Prefeitura de Concórdia, deve repetir a estratégia: abrir mão do cargo de prefeito para tentar novamente uma vaga na Alesc, como fez em 2022.
Entre os nomes mais próximos ao governador Jorginho Mello, aparecem a secretária de Governo, Danielle Pinheiro, e o secretário-adjunto de Infraestrutura, Ricardo Grando. Ambos evitam assumir publicamente, mas, segundo interlocutores do Centro Administrativo, um deles deve entrar na disputa.
Também são especulados os ex-prefeitos Fabrício de Oliveira (Balneário Camboriú) e Mário Hildebrandt (Blumenau), além de Guilherme Colombo, marido da deputada Julia Zanatta; Rafael Caleffi, ex-prefeito de São Lourenço do Oeste, que se apresenta no Oeste como candidato apoiado por Carlos Bolsonaro; a vereadora da Capital Manu Vieira e a ex-prefeita de Salete, Chica Schlichting, com o apoio de Maurício Eskudelark.
No meio-oeste, o ex-prefeito de Videira, Dorival Borga, tem discutido com aliados a possibilidade de ser candidato. Já o ex-prefeito de Caçador, Saulo Sperotto, hoje suplente de deputado estadual pelo PSDB também pode migrar para o PL para ser candidato. Os dois, na mesma região será difícil.
MDB: renovação com nomes conhecidos
No MDB, a aposta recai sobre nomes conhecidos no meio político, mas que — com exceção de Cleiton Fossá, Elizeu Mattos e do suplente Adilson Girardi — nunca disputaram uma vaga na Assembleia Legislativa.
Entre os nomes trabalhados pelo partido estão o presidente da Câmara de Florianópolis, João Cobalchini; o prefeito de Mafra, Emerson Maas; o ex-prefeito de Orleans, Jorge Koch; a primeira-dama de Balneário Piçarras, Andressa Pera; e o vereador mais votado de Blumenau, Bruno Cunha, hoje no Cidadania, mas em rota de migração para o MDB.
Ex-prefeito de Lages e ex-deputado estadual, Elizeu Mattos tenta retornar à política estadual após ter a candidatura à Prefeitura indeferida pelo TSE na semana da eleição de 2024. Em relação às pendências judiciais, um processo em que foi condenado acabou anulado pelo STJ, por impedimento do desembargador que proferiu a sentença.
Podemos e Republicanos buscam espaço
Tanto Podemos quanto Republicanos passaram por reestruturações após a última eleição estadual. O Republicanos, agora sob comando do deputado federal Jorge Goetten, eleito pelo PL, trabalha para montar duas chapas competitivas.
Entre os nomes cotados estão o prefeito de Biguaçu, Salmir da Silva; a vice-prefeita de Blumenau, Maria Regina Soar; o vice-prefeito de Indaial, Jonas Luiz de Lima; a vice-prefeita de Porto União, Suelen Geremia; o vice-prefeito de Gaspar, Rodrigo Althoff; o ex-vice-prefeito de Videira, Dr. Jorginho; o vereador e presidente da Câmara de Joaçaba, Diego Bairros; e Edson Renato Dias, o Piriquito, ex-prefeito de Balneário Camboriú e ex-deputado estadual.
Também é aguardada a possível filiação do ex-vereador da Capital Pedrão Silvestre, atualmente no PP. Recentemente, ele publicou nas redes sociais que poderia disputar o Senado caso Carlos Bolsonaro se mudasse para Santa Catarina. No último dia 15, o Progressistas divulgou foto com seus pré-candidatos — Pedrão não apareceu.
No Podemos, agora comandado pela deputada Paulinha, o chefe de gabinete do prefeito Topázio Neto, Fábio Botelho, é tratado como um nome competitivo entre os estreantes. O partido também aposta na ex-presidente da OAB-SC, Claudia Prudêncio.
Outro nome no Podemos que merece atenção é o ex-vereador de Itajaí, radialista Osmar Teixeira. Ele concorreu à Prefeitura, em 2024, chegou na segunda colocação, com 42,6 mil votos.
À esquerda, poucas novidades
No PT, os vereadores Bruno Volpato (Blumenau) e Eduardo Zanatta(Balneário Camboriú) despontam como lideranças jovens, com boa presença digital e potencial para representar renovação no campo da esquerda.
No PSOL, que hoje conta com apenas um deputado estadual — Marquito —, o vereador da Capital Camasão ganhou projeção ao liderar pautas que extrapolam o debate municipal. Resta saber se ele disputará uma vaga na Alesc ou repetirá a tentativa de chegar à Câmara Federal, como fez em 2022.
União Progressista busca nomes
O União Progressistas — formado pelo PP e União Brasil — busca nomes para formar uma chapa competitivas à Assembleia Legislativa. Tem hoje seis deputados, sendo que cinco devem concorrer à reeleição.
No PP, surge forte o nome de Evandro Scaini, atual prefeito de Arroio do Silva, que fará dobradinha com o deputado Zé Milton Scheffer, que concorrerá a federal.
Já no União Brasil, o ex-prefeito da Capital e ex-deputado estadual Gean Loureiro, é um nome colocado como um dos possíveis eleitos.
PSD aposta em nomes já testados
O PSD deve receber os deputados Berlanda e Carlos Humberto que concorrerão à reeleição. Junto com eles, José Claudio Caramori, ex-prefeito de Chapecó, também deve ser candidato. Ele ficou na suplência em 2022, com 24 mil votos.
No sul do Estado, existe uma expectativa sobre os candidatos. O suplente de deputado federal pelo MDB Vampiro —hoje no Congresso com a licença de Caros Chiodini — é especulado como candidato a estadual.
Ainda no Sul, o ex-prefeito de Braço do Norte, Beto Kuerten, é uma das apostas. Em entrevista recente o deputado Julio Garcia, que concorrer à Câmara Federal, também apontou o nome de Arleu Silveira, que abriu mão da candidatura a prefeito de Criciúma, em 2024, para Vaguinho.





