Semana da Pecuária celebra a força do campo enquanto o Brasil mostra sua nova cara: inovadora, conectada e dona da própria narrativa.
O agro de 2025 não é só o que produz: é o que fala, conecta e inspira.
Se antes o Brasil exportava carne e soja, hoje exporta propósito, imagem e influência.
De Goiânia a Concórdia, de Santa Catarina para Brasília e ao mundo, o agro aprendeu a fazer o que sempre fez melhor — plantar, comunicar e colher resultados.

O agro que comunica
O agro brasileiro aprendeu que quem não se comunica… é comunicado pelos outros.
E nesta semana, o palco principal dessa nova era da comunicação do campo será Goiânia, que recebe o AgroMKT Summit 2025, o maior congresso de marketing e comunicação do agronegócio da América Latina.
Diretamente do evento, a coluna Política e Agro acompanha — e participa — dessa vitrine internacional que reúne mais de 40 especialistas do Brasil, Argentina, Paraguai e Espanha para falar de branding, inteligência artificial, posicionamento e negócios reais no agro.
Agro Agência Catarina
Entre os destaques do evento, está a catarinense Ketrin Raitz, jornalista, filha de agricultores, sócia da Agro Agência Catarina e também integrante desta coluna.
Ela comanda o painel “O poder dos vídeos na agrocomunicação”, mostrando como imagem, narrativa e identidade são os novos ativos estratégicos do setor.
O agro, afinal, aprendeu que comunicar é também plantar: cada vídeo, cada post, cada história contada ajuda a semear reputação, credibilidade e valor. E nessa lavoura, Santa Catarina estará bem representada em Goiânia, mostrando que colhe destaque, exportando não só alimentos e genética — mas também talento, narrativa e estratégia.
O agro é tech
Enquanto o setor privado se reinventa em eventos e cases de marketing, o governo tenta acompanhar o ritmo da inovação.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) lançou na semana passada, o Mapa Conecta, plataforma criada em parceria com o Serpro e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para aproximar startups, investidores e polos de tecnologia.
A ideia é simples e ambiciosa: criar um “marketplace da inovação agropecuária”, onde quem planta ideia encontra quem investe em resultado.
MAPA dando like na inovação
O programa já reúne 15 estados, entre eles Santa Catarina, Mato Grosso, Bahia e Rio Grande do Sul, e pretende descentralizar o ecossistema de inovação, ainda concentrado em São Paulo.
Na prática, é o MAPA dando like na inovação — e lembrando que o futuro do campo passa também por conectividade, digitalização e tecnologia.
Semana da Pecuária: o Brasil que produz
Nesta terça-feira (14), o país celebra o Dia Nacional da Pecuária, marcando o início da Semana da Pecuária.
Com mais de 200 milhões de cabeças e presença em 160 mercados, o Brasil segue firme como líder global na produção e exportação de carne bovina.
O setor movimenta R$ 470 bilhões em Valor Bruto da Produção e responde por um terço da força total do agronegócio nacional.
Mais do que números, a pecuária simboliza o agro que alimenta, emprega e investe — mas que agora também comunica e se posiciona. Afinal, não basta ser o maior rebanho: é preciso ser também o mais visível e admirado.
Concórdia dá o exemplo
Enquanto Brasília fala em inovação e Goiânia respira marketing, o município catarinense de Concórdia segue mostrando que o agro pode ser sinônimo de qualidade de vida.
A cidade, que acaba de ganhar destaque nacional em rankings de bem-estar, é um modelo de integração entre agronegócio, infraestrutura e desenvolvimento sustentável.
Com um agronegócio robusto, alta tecnologia e serviços públicos exemplares, Concórdia é o retrato de um Brasil que cresce sem perder suas raízes.
Quando se fala em “agro que comunica”, é disso que se trata: mostrar que o campo é mais do que lavoura e rebanho — é cidade, é cultura, é projeto de futuro.
Radar do campo
Nos bastidores de Brasília, a Câmara dos Deputados realizou ontem, 13, sessão solene em homenagem aos 70 anos da Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil).
Fundada em 1955, a entidade é símbolo da força cooperativa e da educação rural no Sul do país. O deputado Heitor Schuch (RS) resumiu bem: “a Afubra representa trabalho, ética, conhecimento e compromisso social”.
E no fim das contas, é isso que conecta o agro do passado ao do futuro — a capacidade de se reinventar, sem esquecer de onde veio.