O Agro que Paga — e que Fala por Si

De Goiânia a Santa Catarina, o setor que sustenta o país assume o microfone e cobra estrada, voz e respeito.

O agro que paga agora fala, e fala bem!

O campo ocupa o centro das conversas com dados, imagem e propósito.
Porque quem sustenta o país já entendeu: comunicação, estrada e tributo também são insumos da produção.

Goiânia no centro do mapa do agro

O AgroMKT Summit 2025 começa nesta quarta-feira (15) e transforma Goiânia na capital do agromarketing por dois dias.
Organizado pela Inusitada AgroMKT e pela AgroEventos, o encontro reúne mais de 40 palestrantes do Brasil, Argentina, Paraguai e Espanha para uma imersão em branding, IA, vendas e posicionamento de marca no agronegócio.

A coluna Política & Agro estará presente em cobertura direta do evento.
E quem estará hoje no palco é a jornalista catarinense, Ketrin Raitz, sócia da Agro Agência Catarina — que conduzirá o painel “O poder dos vídeos na agrocomunicação”.
É a estreia de uma catarinense que leva a voz da roça ao centro do palco nacional, mostrando que comunicar também é produzir.

O agro que paga a conta

Enquanto Goiânia fala de imagem e influência, Brasília faz conta.
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) e o Empresômetro, o agronegócio brasileiro foi responsável por R$ 930,8 bilhões em tributos em 2024, o equivalente a 24,5 % da arrecadação nacional.
É dinheiro suficiente para custear o Bolsa Família mais de cinco vezes.

Entre 2022 e 2024, enquanto a arrecadação geral cresceu 13,6 %, o agro avançou 17,8 %.
Mesmo assim, o discurso urbano ainda insiste em tratar o campo como vilão — quando, na verdade, é quem banca o Estado.
O dado não é ideológico: é contábil. O agro não pede privilégio: pede reconhecimento.

Imagem verde em disputa: da COP à porteira

Enquanto o agro sobe ao palco em Goiânia, em Brasília o Greenpeace projetou frases como “COP-30: Protejam as florestas” durante a recepção de autoridades da Pré-COP-30.
Segundo pesquisa global feita em 17 países, 86 % das pessoas acreditam que proteger as florestas é essencial para combater as mudanças climáticas — e no Brasil o índice chega a 93 %.

A cobrança ambiental cresce, e o setor sabe: não basta produzir com sustentabilidade, é preciso mostrar que produz assim.
Entre a retórica verde e a fatura tributária, o Brasil do agro tem muito a ensinar — e mais ainda a comunicar.

Santa Catarina no radar: logística em pauta

Enquanto o país fala de imagem e imposto, Santa Catarina discute estrada e escoamento.
Ontem, 14, o evento “SC e o Agro” reuniu autoridades, produtores e lideranças do setor para debater os desafios logísticos do estado, com destaque para a participação do secretário de Agricultura e Pesca, Carlos Chiodini.
A pauta incluiu gargalos de transporte, integração portuária e novas rotas de exportação — temas que vão do asfalto ao PIB.

O encontro reforçou o papel estratégico do estado no agronegócio nacional: um dos menores em território, mas um dos maiores em produtividade e inovação.
Enquanto Goiânia fala, Santa Catarina executa — e é assim que o agro avança.

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