O avanço evangélico tem efeitos

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O Censo do IBGE, dados de 2022, mostra o extraordinário crescimento dos evangélicos no país, em Santa Catarina e, também, em Joinville, na comparação com os números de 2010.

Em Joinville, os evangélicos já são 31,6 por cento da população. Eram 26 por cento no ano
de 2010. Os católicos eram 64 por cento em 2010 e, doze anos depois, o percentual caiu para 56 por
cento.

Em números absolutos fica mais fácil compreender a evolução dos dados. Os católicos, em 2022, eram 303 mil. E os evangélicos alcançavam 171 mil corações na cidade mais populosa de SC. Joinville aparece com população de 616 mil habitantes.

O aumento dos evangélicos tem conexão com algumas circunstâncias: a multiplicação de templos de igrejas evangélicas por muitos bairros e, também na região central; a difusão de ideias da chamada teologia da prosperidade; o empoderamento de pastores midiáticos a sugerirem soluções “milagrosas” para problemas absolutamente mundanos e terrenos, por exemplo.

Neste contexto, ainda em Joinville, seis por cento dos moradores se declararam “sem
religião”: 33 mil. A importância econômica e ideológica das igrejas – e, em especial, das igrejas evangélicas –
é notória.

Basta verificar alguns números: no Brasil há 580 mil templos religiosos. No Brasil há 264 mil escolas. No Brasil há 248 mil estabelecimentos de saúde.

Em Santa Catarina, os católicos passaram de 735 por cento, em 2010, para 64 por cento doze anos depois.
Já os evangélicos saíram de 19,6 por cento, em 2010 e saltaram para 23,4 por cento em 2022.

Significa acréscimo de 498 mil adeptos para as igrejas evangélicas. Os efeitos do avanço dos evangélicos se expressam em vertentes variadas: no aumento do padrão de comportamento conservador por parte da sociedade; decisões políticas, principalmente no Legislativo, a favor de pautas consideradas de “direita e extrema direita” e contra extensão de direitos sociais e direitos humanos.

Freud escreveu: “Religião é um conjunto de rituais obsessivos por um conjunto de hipóteses, um conjunto de seres imaginários que estão a serviço do desespero humano diante do desamparo”.


Religião se confunde com dinheiro, poder e política. Fé tem relação com esperança. Religião tem conexão com controle.

ExpoGestão começa nesta terça feira e vai abordar temas como vida digital, saúde mental, varejo, inteligência artificial. Um dos mais importantes eventos corporativos do país começa nesta terça feira, em
Joinville: a ExpoGestão.

Já tradicional no calendário de congressos do Centro Sul do Brasil, vai reunir expoentes de diferentes áreas do conhecimento, mas com foco no desenvolvimento de conhecimentos para gestores e profissionais do mundo corporativo.

Numa era de interconectividade, o tema inteligência artificial está presente em falas de palestrantes ao longo dos três dias.

Vida digital, saúde mental, negócios do varejo, liderança e empreendedorismo também serão objeto de palestras,além de painéis segmentados e apresentações simultâneas em ambientes menores.

É uma oportunidade para os participantes aumentarem suas conexões e trocar informações. A ExpoGestão termina na quinta feira.

Grupo de líderes mexe na ferida enfim, empresários representativos de diferentes segmentos dos negócios em Santa Catarina, vinculados ao LIDE, debateram, recentemente, sobre um dos mais graves entraves ao desenvolvimento econômico e social do Estado: o baixo índice de cobertura de esgoto tratado.

O problema é tão grande que, ainda em 2025, Santa Catarina só tem esgoto tratado em 31 por cento das residências: menos de um terço da população faz tratamento de esgoto.

Igualmente absurdo é que 74 por cento dos catarinenses (três quartos do total) também não têm coleta de esgoto.

Curiosamente, Santa Catarina aparece como o Estado com a terceira melhor qualidade de vida do país. Significa dizer: estamos muito distantes da realidade dos países desenvolvidos.

O simples fato do LIDE falar no assunto é um alento. O que falta é dinheiro e vontade política para fecharmos essa chaga aberta.

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