A indústria catarinense dispõe de preciosas informações sobre projetos relacionados a questões de saneamento, contenção e redução dos efeitos das enchentes no Estado de Santa Catarina.
A ferramenta Monitora FIESC acompanha dez projetos e obras. O levantamento mostra que em 77,8 por cento, as obras estão paralisadas ou com andamento comprometido.
Os dados são de maio de 2024.
Um olhar histórico igualmente demonstra a pouca atenção que os nossos governantes deram, até hoje, ao tema
O estudo Atlas Digital de Desastres no Brasil revela: de 1991 até 2022 os prejuízos causa pelos desastres climáticos para a indústria catarinense chegaram a R$ 32,5 bilhões. É o sexto Estado com maior perda no período.
A conta resulta da soma dos prejuízos derivados de enxurradas, enchentes, alagamentos, deslizamentos, inundações e rompimento de barragens e secas.
A indústria, isoladamente, neste mesmo período de tempo, teve prejuízo de R$ 2,67 bilhões.
A questão do adequado abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto já nem mais deveria ser analisado. De tão óbvia ser sua importância para a qualidade de vida e expressão de desenvolvimento, ou não, de uma sociedade.
Mas ainda precisamos falar a respeito.
Santa Catarina ocupa a décima nona colocação quando o assunto é o índice de tratamento urbano de esgoto nos Estados.
Dados do SNS nos constrangem: somente 32,3% (um terço) de cobertura de esgoto aqui no nosso Estado.
A média nacional é de 64%. O dobro.
Santa Catarina precisa investir R$ 6,4 bilhões, nos próximos 33 anos, para universalizar o serviço.