Neste dia do Trabalhador, algumas reflexões são importantes para compreendermos as mudanças que já aconteceram e as que estão em andamento nas relações de trabalho.
Empregador e empregado já não são mais os mesmos de dez, 15 anos atrás.
Neste curto espaço de tempo – considerando-se a cronologia histórica das transformações – a tecnologia ganhou cada vez mais espaço. As atividades profissionais são cada vez mais pautadas por computador, inteligência artificial, equipamentos de ponta.
A utilização de aplicativos para exercer funções das mais variadas se estendeu a praticamente todos os campos de atuação. Negócios se fazem pelo celular. A indústria e a medicina estão se robotizando rapidamente.
Esta realidade acaba por expulsar do mercado de trabalho aqueles que não preenchem mínimas condições de qualificação exigidos atualmente.
Quando este contingente de pessoas consegue acessar algum trabalho, é um trabalho de baixíssimo nível.
Fenômeno que se normalizou nas relações trabalhistas é o da pejotizacao. Quer dizer: aumenta o número de contratos de profissionais prestadores de serviços para empresas. Disso resulta que as empresas contratantes se livram de pagar 13 salário, férias, FGTS…
Os empresários reclamam da produtividade ruim dos trabalhadores. Aí entra o fator decisivo a empoderar os trabalhadores: o nível de instrução e conhecimento alinhado ao que se exige deles nos dias atuais.
Sem isso, sem um capital humano apto, dificilmente se melhora uma sociedade.
Neste cenario, vivemos em pleno emprego. Em Joinville e no Estado de Santa Catarina. No primeiro trimestre deste ano, foram criadas 66 mil vagas de emprego em SC. Seis mil delas em Joinville.
A indústria representa 28% dos empregos com carteira assinada no Estado. A área de tecnologia participa com 6,5% do total; a média nacional, neste setor, é de apenas 2,5%.
O desemprego, no Estado, não chega a 4%. No país está em 8%.
E assim tiramos um dia de folga. Uns passeiam no parque, muitos ficam em casa. Outros trabalham no Dia do Trabalhador, feriado nacional.