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8 de setembro de 2024

O reflexo da política que vivemos é o descaso com as eleições municipais. Por Paulo de Luca Santos

Paulo de Luca Santos escreve artigo sobre a necessidade de fugir dos debates rasos e conteúdos feitos para provocar polêmica nas redes sociais

Num verão intenso com calor acima da média, nem mesmo o recesso parlamentar foi capaz de esfriar a inquieta militância das claques políticas com sua necessidade repostar conteúdos produzidos para viralizarem.

Numa contínua busca pelo embate de torcidas no qual o único objetivo é defender o seu Messias (não confundam com outro de sobrenome igual, trato como a origem hebraica), esquecem que de nada servirá somente um salvador em cima do monte, enquanto houver ao ser redor aqueles que com mais poder só usam da “boa-fé” dos desavisados para se perpetuar no poder.

E para isso as eleições municipais devem ter ainda mais atenção de todos nós. São os vereadores e prefeitos que cuidarão do nosso quintal, deles podemos cobrar pessoalmente os motivos os quais a grama não esta sendo bem cuidada e as flores não estão aparecendo na primavera. Eles estão ao nosso alcance, mas a grande parte insiste em achar que repostar conteúdos de “políticos influencers” dará mais resultado para que a situação municipal e estadual melhore.

Os vereadores de hoje, talvez sejam os deputados estaduais, e quem sabe os federais e senadores de amanhã. Assim como os prefeitos, serão estes senhores e senhoras a base para eleger “Brasília”. E queiram ou não acreditar, o alto clero da política não esta preocupado em engajamento de redes sociais. Mas com aqueles vereadores e prefeitos que ele comanda. E este alto clero que é perigoso e não tem ideologia.

Portanto, entender a importância destas eleições, quem são os candidatos, com quem eles caminham – me diga com quem tu andas que eu te direi quem és, cabe aqui – é algo que a população deveria saber. Sair de pautas ideológicas utópicas e se debruçar nos problemas da falta de vagas para alunos, questões do saneamento que englobam saúde, educação, trabalho e renda e o turismo da região, por exemplo, deveriam entrar na agenda mais importante do ano.

Depois não adianta reclamar, o poder pode emanar do povo, mas o povo precisa saber… votar.


Paulo Corrêa de Luca Santos é escritor.

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