A deputada estadual Paulinha não perdeu tempo na presidência estadual do Podemos. Com uma semana no cargo, completada nesta segunda-feira, ela já mudou o rumo do partido nas disputas municipais de Florianópolis e de Lages. Em Blumenau, onde o partido perdeu o prefeito Mario Hildebrandt para o PL, a nova dirigente também se movimenta.
Paulinha convidou o empresário e ex-vereador Fábio Fiedler para assumir o comando do Podemos do Blumenau. Oficialmente, não há definição de quem o Podemos apoiará para a eleição de prefeito, mas a mudança afeta os planos de Hildebrandt de manter o partido na coligação que oferecerá suporte à pré-candidatura do PL na cidade – que deve ser liderada pelo deputado estadual Delegado Egídio (PRD).
Com Paulinha no comando o Podemos, o partido passa a trabalhar alinhado ao projeto estadual do PSD – que em Blumenau está vinculado à pré-candidatura do promotor aposentado Odair Tramontin (Novo).
Essa discussão será feita com os vereadores e vereadoras do Podemos e as lideranças locais, e o Fábio, por sua experiência, tem a confiança da direção estadual para conduzir o projeto Podemos em Blumenau – destacou Paulinha.
De acordo com o site Informe Blumenau, Fiedler foi coordenador regional da primeira campanha de Paulinha a deputada estadual, em 2018, atuou em seu gabinete na Assembleia Legislativa e esteve a frente do processo que implantou a Taxa de Proteção Ambiental (TPA) em Bombinhas quando ela era prefeita.
As principais tarefas de Fábio Fiedler como novo presidente é reconstruir o Podemos de Blumenau após a desfiliação de Mario Hildebrandt, viabilizar nominata de vereadores para a eleição de outubro deste ano e preparar o partido para 2026.
Fiedler foi eleito vereador de Blumenau em 2008 (pelo Democratas) e 2012 (pelo PSD). No cargo, ele foi envolvido no processo da Operação Tapete Negro, que investigou um esquema de desvio de dinheiro em obras de pavimentação de ruas.
Fiedler chegou a ser condenado em 2018 a pagamento de multa e inelegibilidade, mas o processo acabou arquivado. Em meio à repercussão do caso, Fiedler não conseguiu a reeleição em 2016, ficando com a primeira suplência da coligação que reunia PSD, PRB e PSL.
Curiosamente, caso o Podemos confirme a guinada em direção ao Novo, Fiedler subirá no palanque de Tramontin, promotor que assinou a denúncia contra ele na Operação Tapete Negro.
Foto – Fábio Fiedler com Paulinha. Crédito: Divulgação.