
Ex-senador da república, ex-vice-governador de Santa Catarina, foi deputado estadual e deputado federal. No final da manhã de sexta-feira (12), em ligação por whatsapp, Paulo Bauer começa a conversa dizendo que não dá entrevistas. Um dos nomes mais citados como alternativa mais de centro-esquerda ao governo do Estado em 2026, em oposição aos convictos bolsonaristas Jorginho Mello e João Rodrigues, tem experiência para saber o ponto certo de colocar o nome no jogo. A construção existe.
Amigo do vice-presidente da república Geraldo Alckmin desde o tempo de Congresso Nacional, Bauer deu sugestão do nome de Nikolas Bottós para a presidência estadual do PSB. A partir da definição de Nikolas, ele passou a ser procurado pelos petistas Décio Lima, pelo ex-prefeito de Joinville Carlito Merss e por Fabiano da Luz, deputado estadual e presidente estadual do PT. Todos eles com o mesmo papo que já circula no meio político: Paulo Bauer como candidato a governador do Estado.
Na Tailândia não tem feriado de Natal e Ano Novo
Paulo Bauer é uma das principais lideranças de uma das empresas do Grupo Ciser, poderoso conglomerado joinvilense comandado por Carlos Schneider. O grupo lidera um grande projeto, o polêmico Porto do Sumidouro, entre as praias do Capri e do Forte, em São Francisco do Sul. Bauer é fundamental na articulação institucional. Entre o Natal e o Ano Novo estará por 20 dias na Tailândia, aliando lazer e trabalho, pois não há feriado no País devido a crença budista. Por causa desta viagem solta quase que um conceito: “Muita coisa ainda vai acontecer. Vamos aguardar fevereiro chegar”, aponta.
No Brasil em fevereiro tem carnaval

A partir de agora olhar para o calendário eleitoral é fundamental. Nada será definido até janeiro. Fica cada vez mais cristalina que as definições (como sempre) acontecem só depois do Carnaval. E aí será um outro momento. Até lá poderão haver anúncios mais claros de renúncia de mandatos, nos casos do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, e do prefeito de Joinville, Adriano Silva. Aos 68 anos de idade e mais de 40 anos na política, Bauer acredita que muitos cenários ainda irão mudar. “Até o último dia da convenção tudo pode acontecer”, fala com experiência de ter vivido decisões no apagar das luzes em eleições anteriores.
“Não sou candidato a nada”

Embora diga a todo momento que “não é candidato a nada”, dois políticos que já conversaram com Bauer sobre o assunto dizem que ele está animado. Ele mesmo estabeleceu que é proibido falar em candidatura. Porém, sem filiação partidária, não está proibido de articular. Bauer tem escritório em Joinville. Recentemente recebeu visita de Carlito Merss e do empresário Nereu Martinelli. Tendência é filar-se ao PSB. Ala do MDB, que não apoia uma coligação com Jorginho Mello, também olha com atenção o cenário. Bauer reconhece a aproximação e tem simpatia pelo partido desde os tempos do governador Luiz Henrique da Silveira. Integrantes do MDB na região Norte gostam da ideia de filiação de Paulo Bauer para ser uma alternativa.
Sem o 13 na urna para sensibilizar eleitor catarinense

Dentro da esquerda tem a ala que torce o nariz por ele ter votado pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Sobre o assunto, Paulo Bauer defende-se: “Também votei pelo impeachment do Collor e eu não era de esquerda”. O PT está praticamente convencido. Segundo colocado na eleição passada a governador, o blumenauense Décio Lima trabalha para ser candidato ao Senado e aproveitar o congestionamento de nomes da direita catarinense. Com duas vagas em disputa acreditam que a esquerda unida pode eleger um senador. A mesma corrente também acredita que o perfil de eleitor catarinense absorve um candidato de centro-esquerda ao estilo Alckmin reproduzido em Paulo Bauer.
O gargalo é a BR-280
O principal problema para viabilizar o Porto do Sumidouro, em São Francisco do Sul, não são as licenças ambientais ou o protesto dos ambientalistas, mas sim a BR-280. A situação da rodovia é um grande entrave para o projeto e causa desconforto entre os investidores que pretendem injetar cerca de R$ 6 bilhões no empreendimento. A solução precisa sair rápido. Caso as licenças sejam liberadas em 2026, acredita-se que o porto começa a operação dentro de cinco ou seis anos, ou seja, para depois de 2030. Antes precisa ter um sinal de avanço para solucionar a BR-280 entre Araquari e São Francisco do Sul.
Empresas e entidades de Joinville recebem certificado de responsabilidade social







Sete empresas de Joinville receberam o Certificado de Responsabilidade Social de Santa Catarina 2025. A solenidade na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) fo presidida pelo deputado Fernando Krelling. Receberam o certificado as empresas Gidion e Döhler, a Univille, Instituto Arte Maior, Porto de Itapoá, Pró-rim e Dona Helena.
Na sua 14a edição, 105 organizações privadas, públicas e de terceiro setor de Santa Catarina foram certificadas.






