O prazo para conclusão do plano de zerar as filas das cirurgias eletivas deverá ser estendido. Inicialmente projetado para o dia 6 de julho, o Plano Carmen encontrou entraves ao longo do caminho – como dificuldade de mapear e alcançar os cidadãos na fila de espera e, agora, um novo decreto emergencial na saúde pública catarinense. A estimativa é da secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto (Cidadania), que afirmou que medidas para continuação do programa já estão sendo adotadas.
Segundo a secretaria, o objetivo é atender à superlotação das UTIs pelo Estado em decorrência do surto de dengue e doenças respiratórias. Ela afirma que o número de ocupação chega a 98% – e que nesta quarta-feira será feita uma reunião com o ministério da Saúde para traçar estratégias sobre o tema no sul do país.
Em Santa Catarina, Carmen afirma que estão sendo realizados frentes de trabalho junto aos municípios para atender a população que ainda aguarda pelas cirurgias.
– Tínhamos 105 mil pacientes em fila e 117 mil em consulta cirúrgica. Dos 117 mil, consultamos 81 mil que saíram da fila de consulta e foram para cirurgia, mas tem outros pacientes de procedimentos cirúrgicos que ingressaram à fila. Talvez não consigamos operar os 105 mil, mas vamos tentar buscar serviços para atender toda a população – disse.
Entre as soluções encontradas pelo Estado está a abertura de 44 novos leitos pelo credenciamento de hospitais da rede pública e privada – para que atendam pelo SUS, como é o caso do hospital Santa Catarina, em Blumenau, em que a secretária esteve nesta terça-feira.