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7 de setembro de 2024

Por que Irmãos Animais?

A jornalista Janine Koneski de Abreu estreia a coluna Irmãos Animais, dedicada às questões da causa animal e às políticas públicas envolvidas

A jornalista Janine Koneski de Abreu estreia a coluna Irmãos Animais no upiara.net, dedicada às questões da causa animal e às políticas públicas envolvidas nesse tema. Em seu primeiro texto, ela fala de sua relação com a causa animal.

Sempre tive imenso apreço pelos animais, e há muitos anos vivi uma situação que os tutores de animais acabam sofrendo, a morte de um deles. Meu gato Frajola, um lindo gato preto e branco, obviamente, pois este é um nome recorrente para animais com esta pelagem, morreu em decorrência das muitas infecções urinárias que o acometiam.

Na época, as rações não tinham PH balanceado e, ele, um gato que peguei da rua, em uma viagem de trabalho, com três de seus irmãos, no município de Araranguá, estava com algumas fraturas, o que foi devidamente tratado. Mas ficou com a parte urinária fragilizada. Em uma das internações ele não resistiu, embora nas mãos de um veterinário extremamente competente que, sem queixas, ouviu o meu choro.

A partir de então comecei um périplo para descobrir para onde iria aquela alma amada. O médium espírita Chico Xavier e o veterinário Marcel Benedeti, também kardecista, me deram as respostas em seus livros que tratavam sobre a Espiritualidade dos Animais.

O assunto abriu uma nova página na minha vida. Descobrir que Deus se importa com toda a sua criação, que os animais têm alma, sim, era um novo mundo sendo descortinado. Chico Xavier e Marcel Benedeti afirmam, em suas obras, que somos como irmãos mais velhos para todos os animais, e que atuaríamos em relação a eles como os anjos fazem em nossa vida.

É lindo, né? Então, sejam muito bem-vindos à coluna e os convido a atuarmos juntos em favor deles, de todos eles, pois juntos sempre somos muito mais fortes.

A causa animal precisa ser ouvida

Ultimamente tenho feito alguns apelos para que as pessoas que gostam e defendem os animais sejam ouvidas. Estamos nos aproximando das eleições municipais e necessitamos de representantes com boa vontade à causa em todos os locais de decisão. Candidatos a vereadores e a prefeito, mesmo que não tenham a pauta animal como seu tema central, precisam demonstrar boa vontade com o assunto.

Minha sugestão é que você se dirija a seu candidato, se já tem um, e cobre que seja sensível ao assunto. E se pretende votar em um candidato que tem como ponto central a causa animal, converse com ele, veja se as suas propostas são efetivas. Muito já foi feito, mas há ainda muito a fazer por eles e pelos tutores de baixa renda.

O mundo está mudando e, com isto, os requisitos em relação aos animais

É perceptível a mudança das pessoas em relação aos seus afetos animais. Cada vez mais percebemos conhecidos adotando espécies diferenciadas de animais. Não estou apenas falando de coelhos, macacos, furões e cavalos, mas também de cabras, porcos, bois, e serpentes, gambás e uma infinidade de animais, que há uma década atrás não costumávamos ver sendo acolhidos em residências, mas hoje estão lá, e se houver um levantamento ficaremos surpresos com a quantidade e a exoticidade deles. Esta aproximação entre espécies, além de surpreendente, mostra o quanto o coração da Humanidade está aberto e próximo de seus irmãos mais jovens, o que é lindo de ver.

Sobre os animais nas ruas

Em qualquer rápida passada pelas redes sociais a gente percebe xingamentos e troca de acusações sobre os animais, gatos e cachorros que foram abandonados nas ruas. Mas o que percebemos, ao andar pelas ruas, é um pouco diferente. Caso o município tenha efetividade no trabalho de castração animal, encontraremos menos deles circulando livremente, caso não haja esse cuidado, obviamente, o número será multiplicado.

Por muitas vezes reclamamos de um abandono que não ocorreu, pois aquele animal do qual nos apiedamos quase sempre nasceu nas ruas e encontra-se em um estado difícil por ter se afastado de sua matilha, se é um filhote. Se já é mais velho talvez nunca tenha conhecido uma cama quentinha.

Minha sugestão é que paremos de tentar polemizar a situação e busquemos alguma maneira de acolher o bichinho. Ficaremos surpresos com quantas pessoas estão dispostas a nos auxiliar nesta função. E, a partir de então, seja bem-vindo ao mundo de protetores de animais, pois esta é uma vida que aquece os nossos corações.

Os colunistas são responsáveis pelo conteúdo de suas publicações e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Upiara.

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